Crenças em matemática: reflexões sobre a interferência dos diversos contextos na aprendizagem

Abstract

Este artigo pretende refletir sobre a visão e a prática de professores de matemática no que diz respeito aos afetos e emoções a partir de um recorte de uma pesquisa de mestrado realizada com alunos do 6º ano (incluindo Educação de Jovens e Adultos) de uma escola municipal em Duque de Caxias (RJ). Utilizando uma observação em sala de aula, realizada sob os procedimentos teóricos e metodológicos da pesquisa-ação e sua análise a partir do referencial teórico com ênfase na matemática emocional de Chacón (2003), concluiu-se que o professor precisa considerar as demandas socioemocionais em busca de resultados efetivos na aprendizagem matemática. Entretanto, ele também precisa de uma formação condizente com estas questões sobre o aluno e com a sua própria formação continuada, necessitando um olhar institucional, que contemple a profissão docente como dialógica e interdependente diante dos fatores emocionais. Portanto, este artigo potencializa as questões, algumas vezes implícitas na prática pedagógica, que requerem um olhar mais atento, porque tem a natureza afetiva emocional, incluindo crenças que podem ter sido estabelecidas durante os primeiros contatos com a matemática por parte do aluno.