CURRÍCULO E RESISTÊNCIA: horizontes para uma ecologia de saberes

Abstract

Resumo: O presente artigo registra uma proposta curricular desenvolvida no Setor Litoral da Universidade Federal do Paraná. Ancorada em um projeto político-pedagógico que busca superar concepções dominantes no âmbito das políticas curriculares, esta proposta investe na redefinição dos espaços pedagógicos, potencializando fluxos de saberes, poderes e identidades. Organizado em três fases/tempos articulados a três eixos/espaços, o desenho curricular assume uma forma tridimensional e modular. Seus espaços potencializam a cultura do trabalho coletivo e integrado em práticas inter e multidisciplinares, oportunizando movimentos de resistência à racionalidade instrumental do currículo normativo-prescritivo, dominante nas instituições de ensino superior brasileiras. Para além das competências profissionais, a formação é plena de potência humanizadora e emancipatória, alinhando-se com a proposta de uma ecologia de saberes. As relações de produção e circulação de saberes são socializadas. Neste sentido, o currículo tridimensional representa uma importante ruptura com a racionalidade formalmente unidimensional, linear e progressiva, inspiradora da formação universitária ocidental, que fragmenta e distancia os campos de saberes científicos, alienando os sujeitos dos processos e meios de produção, aquisição e circulação de conhecimentos. Palavras-chave: Currículo. Projeto Político-Pedagógico. Educação Emancipatória. Ecologia de Saberes PLAN DE ESTUDIOS Y FUERZA: horizontes para una ecología de saberesResumen: El presente artículo registra una propuesta curricular desarrollada en el Sector Litoral de la Universidad Federal de Paraná. Anclada en un proyecto político-pedagógico que búsqueda superar concepciones dominantes en el ámbito de las políticas curriculares, esta propuesta invierte en la redefinición de los espacios pedagógicos, potencializando flujos de saberes, poderes e identidades. Organizado en tres fases/tiempos articulados a tres ejes/espacios, el dibujo curricular asume una forma tridimensional y modular. Sus espacios potencializam la cultura del trabajo colectivo e integrado en prácticas inter y multidisciplinares, oportunizando movimientos de resistencia a la racionalidad instrumental del currículo normativo-prescritivo, dominante en las instituciones de enseñanza superior