Cytogenetic evaluation and the association with polymorphisms of the CPY1A1 and NR1I3 genes in individuals exposed to BTEX

Abstract

The gas station attendants are exposed daily to chemical agents that compose gasoline, such as BTEX (benzene, toluene, ethylbenzene, and xylene), and the exposure to these agents can cause a variety of effects on the human health. Among the various possible cell alterations associated with these exposures are the formation of micronuclei and of binucleated cells which are used as indicators of clastogenic action. Benzene, the main carcinogenic agent, is metabolized to more soluble forms and easily excreted by isoenzymes of cytochrome P450, such as CYP1A1. The CYP1A1 gene is highly polymorphic and one of its allele variations can be detected by the use of restriction endonucleasis MspI and is originated by the transition of a thymine by a cytosine (3798T>C), resulting in the polymorphic allele CYP1A1*2A. The objective of this study was to evaluate the cytogenetic damage induced by the exposure to BTEX and to associate it with the polymorphisms of the CYP1A1 and NR1I3 genes. Samples of exfoliated cells from the oral mucosa of 27 gas station attendants and from a control group were collected. The results found show that the group exposed to BTEX presents significantly higher alterations than those in the control group for micronuclei (MN; 6.85 ± 1.33 vs. 2.96 ± 1.91, P < 0.001) and for the total of nuclear alterations observed (MN + binucleated cells (BNC); 9.59 ± 4.73 vs. 5.07 ± 2.21, P < 0.001). When comparing the cytological alterations and the genotypes among the exposed individuals for the polymorphism 3798T>C of the CYP1A1 gene, homozygotes TT present MN + BNC significantly higher than carriers of the allele C (10.88 ± 5.36 vs. 5.33 ± 2.52, P = 0.028). No association was observed in the control group or for the NR1I3 gene. These results show that molecular and cytogenetic data can be used in the future as tools to monitor individuals exposed to such compounds.

Avaliação ambiental de BTEX (benzeno, tolueno, etilbenzeno, xilenos) e biomarcadores de genotoxicidade em trabalhadores de postos de combustíveis

“…Entretanto, como limitação deste estudo, ressalta-se a utilização de um desenho transversal que capturou todas as informações para o trabalho em um mesmo período de tempo, de maneira que não se pode assumir aqui a indicação da causalidade. No entanto, apesar de suas limitações, esse desenho tem sido o mais utilizado em pesquisas com objetivos similares ao deste estudo 2,17,[23][24][25] , não sendo limitada, portanto, a comparabilidade de seus resultados.…”

“…De acordo com Moura-Correa et al 21 , a exposição ocupacional relacionada a postos de combustíveis atinge 184.733 frentistas distribuídos em 39.450 postos de revenda de combustíveis em todo o país. Até o presente momento, estudos sobre genotoxicidade com trabalhadores de postos de combustíveis brasileiros foram publicados por Benites et al 22 , Moro et al 17 , Rosa et al 23 , Trevisan et al 24 , Santiago et al 25 , Mitri et al 26 , Lacerda et al 27 .…”

Utilização de biomarcadores de genotoxicidade e expressão gênica na avaliação de trabalhadores de postos de combustíveis expostos a vapores de gasolina

“…Entretanto, como observado nessa revisão, nos últimos 20 anos, poucos foram os artigos usando estas técnicas para exposição ocupacional em postos de gasolina 8,[20][21][22][23][24][25]33,55,[77][78][79]87,115,126 , provavelmente pelo limitado número de países que ainda têm atendentes de postos (como Brasil, Itália, Índia, Turquia, Tailândia e Filipinas), e pela dificuldade e incipiên-cia de uso pelos grupos de pesquisa nestes países, além da alta flutuação da população de trabalhadores nos postos e dificuldades de estabelecimento de populações controle não expostas. Também podemos apontar a dificuldade de realização desses indicadores, cuja significância dos resultados exige um elevado número de participantes avaliados, e que muitas vezes resultam em dados contraditórios ou não esperados.…”

“…Apesar dos indicadores biológicos de exposição de dose interna serem químico-específicos, eles podem não traduzir o potencial tóxico das substâncias químicas, pois substâncias genotóxicas e/ou carcinogênicas podem exercer danos ao material genético mesmos em doses muito baixas, não tendo exposição segura para as mesmas 14,19 , como é o caso do benzeno presente na gasolina. Por isso, é crescente a utilização, complementar aos indicadores de exposição clássicos, de indicadores de efeito, tanto relacionados ao estresse oxidativo quanto aos efeitos genotóxicos 8,[20][21][22][23][24][25] .…”

Benzeno: reflexos sobre a saúde pública, presença ambiental e indicadores biológicos utilizados para a determinação da exposição

“…Esta coletânea de trabalhos compreende desde a avaliação ambiental utilizando como matriz o ar [47][48][49] , ou a água e alimentos 21 , à avaliação biológica dos biomarcadores em urina 16,50-54 e sangue 55 . Outros trabalhos foram direcionados para a verificação da suscetibilidade da população por meio de um estudo de polimorfismo 56,57 e avaliação dos efeitos genotóxicos associados à exposição ao benzeno [58][59][60][61] e os demais desfechos 62,63 .…”