Desempenho motor em crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA): uma revisão integrativa da literatura

Abstract

Objetivou-se analisar por meio de revisão integrativa da literatura evidências de pesquisas relacionadas ao desempenho motor em crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista (TEA). Os critérios de inclusão adotados foram: artigos publicados entre 1980 e 2020. As buscas foram feitas no Lilacs, Pubmed, Google Scholar, Research Gate e Psycinfo, utilizando-se os descritores: autismo, “habilidade motora”, “capacidade motora” e “desempenho motor”. Encontrou-se 976 registros na busca inicial, selecionando-se 61 que preencheram os critérios de inclusão estabelecidos. Foram encontrados estudos realizados com crianças na primeira, segunda e terceira infância e uma minoria realizados com crianças e adolescentes na mesma amostra. Em relação ao sexo, 73,7% dos estudos conteve em suas amostras sujeitos do sexo feminino e masculino, 21,3% sujeitos apenas do sexo masculino e 4,9% apenas sujeitos do sexo feminino. Na maior parte dos estudos, os instrumentos utilizados para avaliar o desempenho motor das crianças e adolescentes com TEA mensuraram as capacidades motoras, enquanto outros mensuraram as habilidades motoras fundamentais de locomoção e controle de objetos, sendo que a maioria dos estudos indicou desempenho motor dos sujeitos com TEA inferior aos pares sem o transtorno ou a crianças com outras deficiências. Destaca-se que tais resultados sugerem que avaliações motoras possam compor o conjunto de testes para o diagnóstico da TEA.

Avaliação da lateralidade e coordenação motora de crianças com Transtorno do Espectro Autista

“…Quanto ao desenvolvimento motor das crianças com TEA, estas apresentam alterações ao nível da tonicidade muscular e da coordenação motora, sendo manifestados por movimentos repetitivos e estereotipados. Essas crianças também manifestam dificuldades na coordenação motora geral e fina e são verificados atrasos nas aquisições dos movimentos relacionados com uso coordenado das duas mãos (Diniz et al, 2022;Machado et al, 2022;Ataide et al, 2023).…”