Discurso, sujeito e sentido: percursos entre (os) nós da/na rede eletrônica

Abstract

Quando nós realizamos um percurso, este é sempre atravessado pelo outro. As linhas que foram traçadas durante o trajeto deste trabalho, completaram páginas em branco, e as transbordaram de sentidos, para além e aquém dos limites das páginas. A história desse percurso extravasa o que foi escrito, traçado em cada linha, por isso gostaria de agradecer a todos que ajudaram a tecer este mestrado. Aos meus pais, Ademir e Estela, pelo amor, carinho, e confiança. Por sempre terem me incentivado a correr atrás dos meus sonhos, e por me ensinarem valores imprescindíveis que nortearam minha caminhada. Ao Fernando, pelo amor, cumplicidade e paciência constantes, possibilitando uma interpretação doce, afetuosa e divertida sobre a vida a dois. Obrigada por inspirar minhas realizações. Ao meu irmão Hugo que, a uma distância esteve presente através do carinho e apoio. Aos familiares e amigos, pela compreensão das ausências, torcidas e orações. Às meninas da rep, Ju, Mary, Ana, Rosinha, pela acolhida em Ribeirão Preto, pelas conversas, risadas, e pela plateia ao ouvir os ensaios das minhas apresentações de congressos. Aos colegas do E-l@dis, pelos momentos de estudos, troca de figurinhas, livros, referências....pela (des)organização de eventos e parceria na escrita. Pelos momentos de descontração, das grandes aventuras rumo aos congressos, os passeios inusitados em terras estrangeiras e risadas garantidas. Valeu Lud, Gu, Fer, Dani, Daia, Francis, Jonathan, Ane, Thaís, por esses anos de convívio. À Fernanda Galli, pelas conversas, leituras, e contribuições relevantes no exame de qualificação de mestrado. Por estar sempre disposta a ajudar, e refletir sobre as questões da/em rede. À Profa. Soraya Pacífico, sempre tão generosa e cativante, desde as primeiras reuniões do Grupo de estudos em AD, no qual comecei a dar meus primeiros passos e arriscar minhas primeiras análises. Agradeço pela disponibilidade em ler o trabalho de mestrado e compor a banca de defesa. À Profa. Solange Mittmann, pela leitura cuidadosa do trabalho, pelos importantes apontamentos na qualificação e a disponibilidade de participar da banca. À Universidade de São Paulo, pela oportunidade de estar em uma instituição pública que proporciona um ensino de qualidade. À CAPES, pela bolsa concedida, que possibilitou minha dedicação integral para o desenvolvimento deste trabalho.

Da Marcha das Vadias às vadias da marcha

“…A partir de então é possível dizer que este trabalho se situa numa relação de limite entre arquivos, que compreendem o campo de documentos policiais, religiosos, literários, médicos e outros escritos pertinentes a essa questão (PÊCHEUX, 1982c), mas também aquilo o que circula nessa espécie de arquivo contemporâneo (MOREIRA & SOUSA, 2008) constituído pelo volume de "informações" disponíveis nas redes digitais e que migram dos grupos Marcha das Vadias no Facebook para a primeira página do Google quando se pesquisa assuntos relacionados à palavra "vadia". Uma relação que resulta do confronto entre condições de produção diversas de onde resultam diferenças nas materialidades significantes, impondo um gesto de leitura que se situe entre a estrutura e o acontecimento (PÊCHEUX, 1983), entre a materialidade da língua e a da História, entre o novo no interior da repetição (GUILHAUMOU & MALDIDIER, 1984).…”