Justificativa e Objetivos:As infecções hospitalares em pediatria vêm
apresentando índices elevados, devido à susceptibilidade dos recém nascidos em adquirir doenças e ao aparecimento de bactérias resistentes. Estes fatores, somados ao risco da contaminação do ambiente hospitalar por microrganismos de importância epidemiológica, podem ocasionar um processo de contaminação cruzada.O objetivo deste trabalho foi avaliar a contaminação ambiental da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de um Hospital no Rio Grande do Sul - Brasil. Métodos: Estudo transversal, realizado durante o mês de março de 2011. Foram utilizados 20 swabs estéreis umedecidos com solução fisiológica,friccionados nas superfícies de estetoscópios, monitores, respiradores, incubadoras, mesas e suporte de tomada elétrica. Para identificação dos microrganismos foram utilizados testes bioquímicos. O teste de susceptibilidade aos antimicrobianos foi realizado utilizando o método de Etest para vancomicina e de Kirby Bauer para os demais antibióticos. Resultados: Foram identificados 27 microrganismos: Staphylococcus aureus (51,9%), Streptococcus spp. (18,5%), Staphylococcus spp. (14,8%), Escherichia coli (3,7%), Klebsiella oxytoca (3,7%), Acinetobacter lwoffii (3,7%) e Enterococcus spp. (3,7%). Destes, 78,6% dos isolados de S. aureus foram resistentes a oxacilina e,100% dos Staphylococcus spp. foram resistentes ao mesmo antibiótico. Foi encontrado multirresistência para o isolado de A.
lowffii. Conclusão:Os microrganismos isolados apresentam riscos tanto para saúde do paciente quanto do profissional de saúde. Intervenções de prevenção e higienização são necessárias, visando reeducação da equipe profissional. Somente através da
conscientização de todos os profissionais se conseguirá reduzir a disseminação de microrganismos através de contaminação cruzada.