RESUMO: Divertículo solitário do intestino grosso é uma entidade relativamente rara, sendo mais frequentemente encontrado sob a forma de múltiplos divertículos. Tais divertículos são mais comuns no ceco e cólon ascendente, e geralmente são divertículos verdadeiros, ou seja, possuem todas as paredes do intestino. Quando o divertículo de ceco evolui para inflamação os pacientes geralmente se apresentam com sintomas sugestivos de apendicite aguda. Um caso de divertículo de ceco perfurado é relatado em uma mulher de 49 anos, cujo diagnóstico foi realizado somente após a cirurgia. Aspectos clínicos, propedêutica e terapia cirúrgica são discutidos. (1,2,3,4) .
Descritores
RELATO DE CASOUma mulher branca, 49 anos, foi admitida no setor de emergência com história de cinco dias de dor abdominal progressiva, no qual havia iniciado como desconforto epigástrico com posterior irradiação para fossa ilíaca direita. Estava acompanhada de náuseas, porém sem vômitos. Alegava ainda o uso de Sulfametoxazol/ Trimetoprima e ácido acetilssalicílico por três dias sem prescrição médica. Negava febre, anorexia, sintomas dispépticos, perda de peso e alteração de história ginecológica. Sem antecedentes de doenças infecciosas, cirurgias e neoplasia familiar. Seu exame físico revelou regular estado geral, temperatura 37.2ºC, pulso de 88bpm. Havia uma leve tensão abdominal, principalmente na fossa ilíaca direita e especialmente à palpação profunda. Sinal de Blumberg positivo com plastrão palpável. Sua contagem de células bran-