Espera -se que o engajamento em práticas esportivas contribua para o desenvolvimento de autopercepções positivas. Porém, há controvérsias sobre esse pressuposto, sobretudo no esporte competitivo, que é caracterizado por maior pressão e possíveis frustrações. O objetivo deste estudo é investigar e comparar as avaliações autorreferentes centrais (AAC) de três grupos de universitários: praticantes de esportes em nível competitivo (PEC), praticantes de esportes por lazer (PEL) e não praticantes (NP). Participaram 703 universitários de diferentes regiões do Brasil. As análises de covariância demonstraram que os PEC apresentaram médias de AAC significativamente maiores que os PEL (p < 0,05) e NP (p < 0,001). Os PEL também apresentaram médias significativamente maiores que os NP (p < 0,001). Os resultados demonstram que, apesar das controvérsias, indivíduos que praticam esportes, inclusive em nível competitivo, podem apresentar AAC mais positivas, o que contribui para uma melhor adaptação às diferentes demandas da vida e para um maior exercício da agência pessoal.