Educação das pessoas com diabetes mellitus em seguimento ambulatorial e no período de internação hospitalar

Abstract

A educação é apresentada como uma estratégia para favorecer a aquisição de conhecimentos e fortalecer a autoconfiança, na promoção da adesão ao tratamento e de habilidades para o autocuidado. A partir dessas premissas, são desenvolvidas atividades educativas junto às pessoas com diabetes mellitus, em uma unidade de saúde de atenção terciária, com intenção de integrar atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária. Durante o ano de 2008, foram atendidas 166 pessoas em seguimento ambulatorial, perfazendo um total de 462 atendimentos e 77 faltas. Na unidade de internação hospitalar, foram desenvolvidas atividades educativas individuais para 81 pessoas. As principais razões pela procura do atendimento são: diabetes mellitus mal controlado; início ou dificuldade para aplicar insulina; início do monitoramento da glicemia capilar; dúvidas sobre a doença, tratamento, preparo para a coleta dos exames e cuidados com o corpo; alterações ou lesões em pés e agravamento no estado de saúde. Reconhece-se a importância do trabalho integrado com a equipe multidisciplinar e da família no apoio ao autocuidado da pessoa com diabetes mellitus, bem como a influência dos fatores emocionais, sociais e culturais, entre outros, nesse processo. Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Educação de pacientes. Enfermagem.

Contribuição do apoio social familiar nos resultados das intervenções educativas junto às pessoas com diabetes mellitus tipo 2: ensaio clínico controlado randomizado

“…Particularmente, a educação em DM deve ser vista como um processo de problematização das condições de vida e saúde (GROSSI, 2011;TORRES et al, 2012), com o objetivo de capacitar as pessoas e suas famílias para o manejo diário da doença, em um conjuntura de autonomia e responsabilidade compartilhada com a equipe de saúde (GROSSI, 2011). Além disso, o processo educativo deve ser custo-efetivo (LEEMAN, 2006;LEITE et al, 2008;PACE et al, 2009) e adaptado à realidade de cada serviço, considerando a viabilidade e a abrangência das estratégias de ensino-aprendizagem para as instituições, usuários e profissionais envolvidos (LEEMAN, 2006;LEITE et al, 2008), para que possa resultar nas mudanças comportamentais de autocuidado (GROSSI, 2011).…”

“…Durante a presente investigação, quatro (2,4%) pessoas participaram de outros estudos, sendo estes últimos na mesma instituição de saúde (HCFMRP-USP). Por se tratar de uma unidade de atenção terciária e de referência nacional em várias especialidades (PACE et al, 2009), bem como pelo fato de estar vinculada a uma instituição de ensino, é esperado que as pessoas sejam convidadas para participar de mais de um estudo.…”

“…Esses achados são condizentes com os protocolos de atendimento ambulatorial do local de estudo, os quais preconizam três a cinco retornos médicos anuais, na ausência de intercorrências clínicas (Ferraz et al, 2000;Pace et al, 2009) e se mostram positivos, uma vez que o comparecimento aos retornos pode ser considerado um fator sugestivo de adesão ao tratamento (OMS, 2004;PACE et al, 2009 Por fim, enfatiza-se que, a partir de estudos prévios realizados no mesmo ambulatório (CAZARINI et al, 2002;PACE et al, 2006;PACE et al, 2009 Quanto à análise dos domínios desta variável, na presente investigação, o GC o teve maiores escores médios para os domínios ("nutrição específica e peso") e 2 ("exercício físico e cuidados com os pés"), e o GI, para os domínios 3…”