O consumo de goji berry (Lycium barbarum L.) tem despertado interesse mundial devido suas excelentes propriedades nutricionais e funcionais, relacionada à diminuição do risco de desenvolvimento de doenças crônicas decorrentes do estresse oxidativo, o classifica como um “super alimento”. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos do extrato aquoso de goji berry nos parâmetros hematológicos e bioquímicos em ratos Wistar tratados com varfarina. A concentração de fenóis totais foi determinada pelo reagente Folin-Ciocalteau, enquanto a capacidade antioxidante determinada pelo ensaio DPPH. Os animais foram distribuídos em quatro grupos experimentais: água destilada (veículo – controle negativo); alimentados diariamente com o extrato (0,18 g.Kg-1); tratados diariamente com água destilada e varfarina (0,5 mg.Kg-1 – controle positivo) e aqueles tratados concomitantemente com o extrato e varfarina, durante sete dias. Nossos resultados demonstraram elevada quantidade de polifenóis (6,19 ± 0,3 mg EAG.g-1) no extrato aquoso a 10 % (m.v-1) e sugerem considerável atividade antioxidante (IC50 1068 µg.mL-1). Não observamos diferenças significativas entre os perfis bioquímicos e hematológicos, ou sequer sinais de toxicidade do extrato quando administrado sozinho. Os dados provenientes do uso concomitante com a varfarina são impressionantes e mostram aumento significante no tempo de protombina, com a potencialidade de sangramento. Coletivamente, essas observações sugerem a propensão de uma interação clinicamente importante entre a varfarina e o Lycium barbarum L., o que compromete a segurança deste medicamento e lança luz para pesquisas futuras relacionadas a uma compreensão mais profunda dos mecanismos moleculares envolvidos.