Resumo Objetivo estabelecer os contextos da experiência de estar (des)confortável, conforme percepções de pacientes com doença renal crônica, durante tratamento hemodialítico. Método estudo qualitativo, realizado em clínica de hemodiálise, entre maio e junho de 2018, com 30 pacientes com doença renal crônica, em tratamento hemodialítico, capazes de comunicar-se verbalmente. Utilizou-se da entrevista semiestruturada, com perguntas norteadoras que buscaram elucidar os contextos de experiência de sentir-se e estar confortável, baseadas no referencial teórico de Kolcaba. Dados submetidos à análise de conteúdo temática. Resultados emergiram quatro categorias analíticas, no tocante aos contextos de (des)conforto: físicos (imobilidade, hipotensão, dor, fome, cãibra, cansaço, poliúria, prurido, edema, sede); ambientais (luz, barulho, cadeira, frio); psicoespirituais (desespero, sensibilidade, isolamento social); e sociais (mudança de rotina). Considerações finais o significado do conforto para pacientes em tratamento hemodialítico se configurou como necessidade humana básica, pois os pacientes apresentaram desconfortos diários relacionados aos contextos físicos, ambientais, psicoespirituais e sociais. Implicações para a prática os resultados do estudo possibilitam que profissionais de saúde realizem assistência ao paciente renal crônico de forma holística, pautada na promoção do conforto.