O objetivo deste artigo foi analisar a atuação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) e a sua aderência ao papel da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) de promoção do desenvolvimento regional. Para tal foi utilizado, como recorte analítico, a região do Oeste de Santa Catarina, Sul do Brasil e, como foco, o estudo do caso do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), representado pelos três campi que constituíram as unidades de análise do estudo: Chapecó, São Miguel do Oeste e Xanxerê. Para efetivação da pesquisa foi adotada abordagem predominantemente qualitativa, valendo-se de investigação bibliográfica, documental e de campo (entrevistas, observação e questionários). A Análise de Conteúdo foi utilizada como técnica de análise e os dados foram triangulados entre si e cotejados com a teoria. Os resultados da pesquisa apontam que a atuação dos IFs os distancia do papel para o qual foram criados, reduzindo sua contribuição à qualificação de mão de obra para o mercado de trabalho, sobretudo, por meio da Educação Profissional Técnica de Nível Médio (EPTNM). Verificou-se também que a legislação educacional brasileira, inclusive o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do IFSC, trata a EPT como importante política pública voltada ao desenvolvimento regional e do país. No entanto, a cultura interna da instituição, que tem suas raízes nos preconceitos históricos atribuídos a essa modalidade educacional no Brasil, não permite que o IFSC se consolide como ferramenta de aplicação dessa política pública.