Avanços tecnológicos transformaram mapas majoritariamente impressos em mapas produzidos e difundidos em meio digital. De maneira geral, mapas digitais permitem, dentre outras coisas, mudanças na simbologia, nos valores dos dados e na escala de visualização. Esta mudança demandou a verificação de alguns dos fundamentos teóricos que serviram de base para a produção de mapas temáticos. Em particular, aqueles que nortearam o uso da variável visual cor, uma vez que implicou em mudanças na sua forma de obtenção (do sistema subtrativo para aditivo) e meios de divulgação (do papel para dispositivos eletrônicos). Esta pesquisa analisa a capacidade de diferenciação da cor em mapas visualizados em meio digital uma vez que foram feitas alterações nos intervalos do modo HSV (Hue, Saturation e Value). Os resultados mostraram que a percepção das cores não acompanhou de forma proporcional os intervalos HSV testados. Os mapas corocromáticos visualizados em meio digital nem sempre permitem aos usuários, em especial aqueles utilizados no processo de ensino, a diferenciação correta dos temas presentes nos mesmos. Por fim, reforçaram a necessidade de uso de modos de cores perceptualmente uniformes para produção de mapas corocromáticos e, indicou que a capacidade de diferenciação das cores em meio digital se mostrou similar a já observada em mapas impressos.