Estudo da interceptação da água de chuva em cobertura florestal amazônica do tipo terra firme

Abstract

Resumo TNTKODUÇAOO estudo da perda por interceptação da água de chuva em cobertura Florestal Amazô-nica toma-se importante, uma vez que toda parcela interceptada, retorna à atmosfera por evaporação, voltando a fazer parte da massa de vapor dágua contribuindo para novas precipitações na Região (Salati et al., 1979).Experimento realizado em área da Bacia Modelo, junto do km 14 da ZF-2, demonstrou-se que 22% do total da chuva foram retidos pela cobertura florestal, 77,7% atingiram o solo na forma de precipitação interna, enquanto que, uma pequena parcela, da ordem de 0,3%, representou o escoamento pelo tronco (Franken ef al, s/d).Em estudos semelhantes, conduzidos em floresta tropical situada na Malásia, observouse que, em função da precipitação, as perdas por interceptação atingiam valores que podiam variar de 25% a 80% do total da chuva (Sim, 1972), enquanto que valores de apenas 5%

Precipitação efetiva e interceptação em Caxiuanã, na Amazônia Oriental

“…Este valor representou 76,8% da precipitação total incidente acima do dossel (P) e está em concordância com diversos outros trabalhos desenvolvidos para a região amazônica, como por exemplo, os realizados por Franken et al (1982a;1982b) no Amazonas, que encontraram 77,7% para a estação da Bacia Modelo, no km 14 da ZF-2, e 80,2% para a Reserva Florestal Ducke. Ferreira et al (2005) ao estudarem uma área de floresta preservada no km 23 da ZF-2 definiram uma precipitação interna que representou 80,8% precipitação total.…”

“…Esse percentual está dentro do intervalo obtido em trabalhos anteriores desenvolvidos na Amazônia, como os 78,0% obtidos por Franken et al (1982a) no Amazonas e Ubarana (1996) que encontrou precipitação efetiva de 87,1% no sudeste do Pará e de 88,4% para o nordeste de Rondônia. Entretanto ficou abaixo dos 97,6% determinados por Germer et al (2006) em Rondônia, mais uma vez um valor elevado devido à presença de palmeiras na vegetação local.…”

“…Este valor é comparável com os 22% e os 19,8% obtidos por Franken et al (1982a;1982b), respectivamente, assim como os 21,3% encontrados por Leopoldo et al(1987), ou os 19,2% determinados por Ferreira et al (2005), todos no Estado do Amazonas. Esta proximidade nos valores da interceptação é devida às características similares das vegetações nas áreas estudadas.…”

Repartição da água da chuva sob o dossel e umidade do solo no gradiente fisionômico da vegetação do Cerrado

“…Jordan e Heuveldop (1981) também observaram 100% de interceptação em chuvas com volume inferior a 5 mm e 8% em chuvas com volume superior a 50 mm em floresta amazônica na Venezuela. Franken et al (1982), em floresta de terra firme no Amazonas, verificaram que, para chuvas superiores a 20 mm, a interceptação se tornou constante em 20%. Em Mata Atlântica secundária, a interceptação estabilizou-se em 16,5% em chuvas com montante superior a 40 mm, em Cunha, SP (CICCO et al, 1986/88 documentação sobre aumento da produção hídrica após execução de operações silviculturais ou mudanças do uso da terra que diminuem a cobertura florestal, ou sobre a diminuição da produção hídrica após aumento da cobertura vegetal é extensa (BOSH; HEWLETT, 1982;BROWN et al, 2005;BRUIJNZEEL, 1990;CORNISH;VERTESSY, 2001;SWIFT;DOUGLASS, 1984).…”

“…É conhecido que o volume de escoamento pelo tronco, embora de grandeza significativa considerando-se a árvore individualmente, torna-se pequeno em proporção, diante dos outros componentes do balanço hídrico (HORTON, 1919). Helvey e Patric (1965) atribuem à dificuldade na coleta e aos pequenos valores relativos obtidos as explicações para que muitos pesquisadores tenham ignorado esse processo (FRANKEN et al, 1982;GENOVA et al, 2007a;JACKSON, 2000;LIMA, 1983;MITCHELL et al, 2009 Para comparar a eficiência da árvore em direcionar água da chuva ao solo pelo tronco é necessário um índice que padronize características individuais, possibilitando assim a comparação entre troncos de diferentes portes e atributos. Horton (1919) estabeleceu os protocolos mais utilizados para avaliar a contribuição individual da captação e transporte da água pelo tronco, sendo a 'altura equivalente do escoamento pelo tronco sobre a área de projeção da copa' o volume total de água escoado pelo tronco dividido pela área de projeção horizontal da copa e a sua unidade, em analogia com a 'altura correspondente de água da tronco em todas as árvores de uma parcela e dividir o volume total escoado pela área total da parcela.…”