Fadiga no trabalho: como o psicólogo pode atuar?

Abstract

RESUMO.As más condições laborais e a forma de organização do trabalho dentro do sistema capitalista frequentemente têm se mostrado nocivas para o trabalhador. Além disso, a chamada síndrome da fadiga crônica é um dos males que acomete a classe trabalhadora. Por meio de revisão teórica buscou-se caracterizar a síndrome, suas possíveis causas e consequências e o papel do psicólogo nas organizações. A fadiga pode ser compreendida como um esgotamento físico e mental, culminando em consequências para a saúde do trabalhador. Excesso de trabalho, pressão por produção, turnos alternados, riscos físicos e falta de autonomia são alguns fatores apontados como prováveis desencadeadores da síndrome, e as consequências encontradas vão desde baixo rendimento e maior risco de acidentes de trabalho até dificuldade para relaxar em momentos de lazer. É papel do psicólogo do trabalho e organizacional realizar ações remediadoras e preventivas que impeçam ou dificultem o aparecimento da fadiga no trabalho.

Percepções Sobre Novembro Azul com Foco na Saúde Mental: Intervenção junto a uma Escola de Vigilantes

“…O trabalho é uma atividade inerente ao indivíduo (OLIVEIRA et al, 2010) (LAL, 2016). Assim, entende-se que a visão masculina quanto ao Novembro Azul não evoluiu no cotidiano do gênero, pois atualmente no referido mês se comemora um momento para os cuidados da saúde masculina de maneira holística.…”

“…Por passar grande parte da sua vida no ambiente de trabalho o homem está sujeito a diversos tipos de intercorrência que poderão repercutir negativa ou positivamente sobre sua saúde mental (OLIVEIRA et al, 2010). A partir desta, entendendo que o território laboral é vivo, dinâmico e histórico, no tocante ao planejamento das ações e dinâmica, a programação da atividade de intervenção destinada a proposta de uma visão sistêmica do Novembro Azul como um momento de cuidado a saúde masculina, incluindo a saúde mental, a atividade planejada teve o desígnio de propiciar ao grupo a aproximação entre conteúdos pertinentes à prevenção e a promoção da saúde mental, na medida que pôde ser exposto a todos o papel do psicólogo diante das demandas pertinentes a sua área no contexto discutido.…”

“…Uma fonte de amor, prazer, ou ódio e dor. É correto afirmar que nos últimos anos as empresas vêm se tornando cada vez mais exigentes e duras, o mercado se torna cada dia mais hostil à saúde mental, pois se faz em meio a cobranças árduas de seus trabalhadores e, para isso, recorrem à gestão por meio de pressão (SOARES; VILLELA, 2012; AZEVEDO; AZEVEDO, 2016) As atividades inerentes ao psicólogo nas organizações ultrapassam os limites convencionais da área (LIMA; COSTA; YAMAMOTO, 2011), é dever deste profissional a constante atualização e busca de conhecimento sobre doenças relacionadas ao trabalho e seus sintomas, a fim de permitir embasar-se para um melhor acompanhamento e identificação de trabalhadores que estejam sofrendo de transtornos mentais provenientes de sua condição de trabalho bem como efetuar ou propor as devidas mudanças no ambiente laboral (OLIVEIRA et al, 2010).…”

Análise sobre a percepção de policiais militares sobre o conforto do colete balístico

“…Low back pain affects approximately 10% of the world's population, from mild to very severe intensities, and is one of the main causes of work sick leave, which represents nearly 60% to 80% of diseases that affect workers 39,40 . Fatigue can lead to many consequences in the workplace, such as low work performance, high rates of absenteeism, high risk of involvement in workrelated accidents or mistakes during work execution, injuries, and others 41 . There was association between fatigue and pain levels in police officers, that is, those who had higher levels of fatigue also showed higher levels of pain.…”

Escala de avaliação da fadiga: adaptação para profissionais da saúde

“…A fadiga é uma queixa comum entre pessoas da população geral e pacientes clínicos (Cella & Chalder, 2010;Fritschi & Quinn, 2010;Michielsen, De Vries, Drent, & Peros-Golubicic, 2005;Michielsen, Peros-Golubicic, Drent, & De Vries, 2006), mas, sobretudo, entre trabalhadores de diversas ocupações (Linsey, Barker, & Nussbaum, 2011;Moore, Gupta, & Duval Neto, 2013;Oliveira, Viganó, Lunardelli, Canêo, & Goulart, 2010;Vasconcelos, Fischer, Reis, & Moreno, 2011;Wilson, 2013), e é possível defini-la a partir de diferentes abordagens. Por exemplo, de uma perspectiva geral, a fadiga compreende uma sensação subjetiva de cansaço com componentes comportamentais, emocionais e cognitivos, sendo uma sintomatologia de várias doenças, como câncer, esclerose múltipla ou doença de Parkinson (Mota, Pimenta, & Caponero, 2012;Sanches & Cardoso, 2012), refletindo-se em baixa atividade física e sonolência .…”