Um dos objetivos da educação científica, na atualidade, em qualquer nível de ensino, é o de propiciar uma compreensão de natureza da ciência compatível com reflexões filosóficas contemporâneas.Todavia, discussões implícitas sobre a ciência em materiais de ensino não são suficientes para promover um aprendizado significativo e atual do tema. A literatura mostra que é preciso desenvolver estratégias que tornem explícitas certas proposições, ou questionamentos. Em geral, princípios descontextualizados e declarativos, de enunciados sucintos e passíveis de ambiguidade, presentes em listas que reúnem aspectos teoricamente consensuais sobre a natureza da ciência, com frequência são distorcidos e mal compreendidos por estudantes e professores. Nesse sentido, este artigo apresenta uma série de 18 asserções comentadas, que explicitam entre si sobreposições e convergências, assim como divergências, como uma alternativa potencialmente útil para a abordagem de vários aspectos da natureza da ciência e do trabalho científico no ensino. Além disso, contextualiza a gênese dessas proposições, desenvolvidas inicialmente para serem articuladas a um conjunto de textos sobre a história da ciência/física, mas que se mostram igualmente profícuas para um vínculo e contraste com produções históricas da ciência em geral, análises epistemológicas de filmes, séries/vídeos, hipermídias, documentos e narrativas históricas e outras ações que visem uma melhor compreensão e aprofundamento desta temática no universo de estudantes, professores e pesquisadores em formação.