Formação e prática em indexação e resumos: um estudo com discentes da graduação em Biblioteconomia

Abstract

Trata da formação e prática em indexação e resumos. Objetiva analisar a formação ofertada na graduação em Biblioteconomia na área de Indexação e Resumos e os reflexos na prática profissional. Metodologicamente, constitui pesquisa de cunho exploratório-descritivo e de abordagem quantitativa. A coleta foi desenvolvida mediante questionário distribuído a discentes que concluíram a disciplina de Indexação e Resumos na Universidade Federal de Goiás, na intenção de ampliar a compreensão sobre o universo formativo em Biblioteconomia e sua vinculação com o âmbito prático do campo. Os resultados indicam que há influências do eixo formativo no aplicado, seja nos estágios ou mesmo na prática de produção científica acadêmica dos alunos. Constatou-se que a indexação está mais presente no cotidiano na atuação biblioteconômica discente, sendo o resumo pouco elaborado pelos pesquisados. Conclui-se que formação e prática em indexação e resumos estão, de fato, inter-relacionadas.Palavras-chave: Formação em Biblioteconomia. Ensino na graduação. Indexação. Resumos.Link: http://www.periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/biblio/article/view/41148/20973

A Redefinição da Biblioteca Universitária à Luz dos Paradigmas da Biblioteconomia e Ciência da Informação: um estudo de caso

“…Os processos de recuperação da informação demandaram o uso de tecnologias avançadas, assim como a interação com outras disciplinas a fim de aperfeiçoar os sistemas de comunicação eletrônica. Além disso, a preocupação com o uso, gestão dos fluxos de informação, bem como a satisfação do usuário que consome a informação passou a ser um desafio não resolvido pela Biblioteconomia, o que fez nascer, em 1962, uma nova área do conhecimento, denominada de Ciência da Informação (ARAÚJO, 2014;OLIVEIRA, 2005).…”

“…Segundo Oliveira (2005), embora possuam uma forte relação interdisciplinar e atuem em conjunto, essas áreas não podem ser consideradas um único campo, pois cada uma teve sua evolução e consolidação pautada em paradigmas distintos. Enquanto a Biblioteconomia nasceu do trabalho técnico realizado nas antigas bibliotecas, o que consolida o paradigma do acervo, a Ciência da Informação teve sua gênese a partir das necessidades informacionais dos usuários, os quais requerem acesso informacional independente do suporte e com o uso de recursos informatizados, de modo a evitar esforços e gastos na recuperação e uso da informação.…”

“…No que se refere aos paradigmas da Ciência da Informação, Oliveira (2005) destaca a participação do profissional na construção e gerenciamento de sistemas informatizados, de modo que novas formas de armazenamento, bem como estratégias de busca e recuperação da informação possam ser desenvolvidas. Esse paradigma é fruto das discussões propostas pela Teoria Matemática da Informação, que, com a ajuda de profissionais ligados às áreas tecnológicas, novos instrumentos e ferramentas de trabalho, como novos recursos a serem utilizados na recuperação, puderam ser incorporados nos acervos bibliográficos.…”

“…Araújo (2014) também destaca os estudos métricos da informação e a gestão da informação, a qual poderá contribuir nos processos decisórios dos usuários, sobretudo em ambientes empresariais, permitindo uma melhor tramitação e logística da informação e viabilizando o seu melhor aproveitamento. Por fim, outro ponto destacado por Araújo (2014), também mencionado por Oliveira (2005) e Russo (2010), diz respeito à importância conferida ao usuário das bibliotecas. Nas palavras de Araújo (2014, p. 111), essa área do conhecimento [...] não nasceu como uma ciência tipicamente social, mas identificou-se ao longo dos anos com o escopo das ciências sociais à medida que se orientou para uma postura em que os sujeitos passaram a ser vistos como o principal ator e objetivos dos chamados sistemas de informação, e que métodos e conceitos das ciências humanas e sociais foram aplicados para o seu estudo (ARAÚJO, 2014, p. 122, grifo nosso).…”

Núcleos conteudistas nos cursos de graduação em Biblioteconomia do Centro-Oeste brasileiro

“…No que diz respeito à área de organização da informação (OI), esta se constitui enquanto núcleo base da formação e da prática bibliotecária, além de ser objeto de estudo da Ciência da Informação (NASCIMENTO, 2019). O ensino nesse eixo dito como técnico, aliás, torna ainda mais forte a conexão entre as instâncias do ensino e da ação profissional (OLIVEIRA, 2018).…”