Resumo Objetivo analisar a relação entre a síndrome de fragilidade e qualidade de vida em pessoas idosas hospitalizadas. Métodos estudo de abordagem quantitativa e corte transversal, desenvolvido com uma amostra de 323 pessoas idosas assistidas em hospitais universitários da Paraíba, durante agosto de 2019 a julho de 2020. Os dados foram tabulados no SPSS, versão 26.0, mediante teste qui-quadrado de Pearson, teste de correlação de Spearman e regressão logística múltipla entre variáveis sociodemográficas, de fragilidade e qualidade de vida. Resultados dos participantes, 60,7% eram mulheres, 49,2% tinham idade entre 60 e 69 anos, 51% tinham cônjuge, 67,8%, sabiam ler e escrever, 89,2% moravam com pelo menos uma pessoa, 78,3% não exercia atividade laboral e 57,9% recebiam até um salário mínimo. A síndrome de fragilidade foi significativa com gênero, idade, letramento, atividade laboral, renda e qualidade de vida. Já a qualidade de vida foi estatisticamente significativa com gênero e atividade laboral, somente. Foi visto que não saber ler, não exercer atividade laboral e ter baixa qualidade de vida aumentava em 3,04 (IC95%; 1,70–5,44), 4,51 (IC95%; 2,39–8,49) e 3,81 (IC95%; 2,22–6,53), a probabilidade de ter síndrome da fragilidade, respectivamente; enquanto que não exercer atividade remunerada acrescia em 2,61 (IC95%; 1,45-4,73) a probabilidade de ter baixa qualidade de vida. Conclusões a síndrome da fragilidade está associada a uma redução na qualidade de vida de pessoas hospitalizadas, o que sinaliza propostas de melhorias para gestores hospitalares no que tange a assistência além das condições clínicas já estudadas no cotidiano laboral.