Frequência de brucelose bovina em rebanhos leiteiros e em seres humanos na região central do estado do Maranhão, Brasil

Abstract

RESUMO: Objetivou-se com este estudo estimar a frequência da brucelose em bovinos e em ordenhadores na região central do Maranhão. Foram escolhidas, no período de maio a outubro de 2013, de forma aleatória, 35 propriedades cadastradas na Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGED-MA) e analisados sorologicamente 525 bovinos com aptidão leiteira, hemossoros de 60 ordenhadores, além de ter sido aplicado questionário epidemiológico para investigar os fatores de risco associados à infecção. O protocolo de diagnóstico utilizado foi o teste de triagem com antígeno acidificado tamponado (AAT), e a confirmação dos reagentes ocorreu mediante os testes 2-mercaptoetanol (2-ME) e polarização fluorescente (TPF). A frequência de animais sororreagentes foi de 26/525 (4,95%) no teste AAT e 17/525 (3,23%) e 13/525 (2,47%) nos testes de 2-ME e TPF, respectivamente. A frequência de rebanhos foco, com pelo menos um animal soropositivo, foi de 9/35 (25,71%) e 8/3 (22,85%), nessa ordem. Referente aos ordenhadores, 1/60 (1,66%) foi reagente nos testes confirmatórios de 2-ME, TPF e fixação de complemento. O fator de risco associado à ocorrência da brucelose, na análise multivariada, foi presença de ovinos (odds ratio - OR=6,66; intervalo de confiança de 95% - IC95% 1,26-35,03). O estudo demonstrou que a brucelose está disseminada no rebanho leiteiro investigado, indicando a necessidade de melhorias nas ações de controle e erradicação da brucelose na região estudada.

Milk and dairy product interceptions due to agricultural product transport inspections carried out in Maranhão State

“…If one takes into consideration that products were intercepted due to some non-conformity in transportation, such as lack of origin certification, it was possible perceiving the significant risk of having these products transmitting different pathogens to consumers. In addition, since Maranhão State is endemic to Brucella abortus (CARVALHO et al, 2016), these products can be associated with the state's health status. According to Sugiura; Murray (2011), determining whether, or not, a given pathogen is likely to be found in the place of origin of a certain product, and identifying the product spreading such pathogen, is essential to help classifying microbial agents as hazardous.…”

Risk factors analysis applied to antibodies to Bovine Herpesvirus Type 1, Bovine Viral Diarrhea Virus, Bovine Leukemia Virus and Brucella abortus among cattle: a cross-sectional study

“…Some of these variables were previously described in other studies as important risk factors for infections affecting cattle. Among the aforementioned variables, one finds purchase of animals, presence of sheep/goats and pigs, diarrhea, miscarriage and pasture sharing (BEZERRA et al, 2012;CHAVES et al, 2012;OLIVEIRA et al, 2013;PRAZERES et al, 2014;CARVALHO et al, 2016).…”

“…Losses caused by bovine brucellosis are countless; infected herds face decreased milk and meat productivity. Moreover, the presence of the disease leads to animal price devaluation in the market, as well as to devaluation in the price of animal-origin products from endemic regions; longer calving intervals in the herds, miscarriages in infected females, sterility, sacrifice of reagent animals and consequent extra expenses due to the purchase of new animals (CARVALHO et al, 2016).…”

“…Based on previous studies, BoHV-1, BVDV, BLV and B. abortus are widely disseminated in dairy herds in Maranhão State (BEZERRA et al, 2012;CARVALHO et al, 2016;CHAVES et al, 2012a;PRAZERES et al, 2014); however, only few studies identify risk factors associated with the presence of these agents in beef herds in the State. Therefore, the aim of the current study was to identify risk factors associated with infections caused by BoHV-1, BVDV, BLV and Brucella abortus in beef cattle herds bred under semi-intensive production system in São Luis Island, Maranhão State.…”

Prenhez ao abate em fêmeas bovinas de descarte

“…Isso se deve ao fato de que vacas prenhes são mais suscetíveis à infecção pela bactéria que causa a brucelose, doença que pode afetar o sistema nervoso central, o coração, os ossos, as articulações, o fígado e o aparelho digestivo. A transmissão se faz por contaminação direta pelo contato com fetos abortados, placentas e descargas uterinas, ou pelo consumo de carne e laticínios (Lawinsky et al, 2010;Carvalho et al, 2016).…”