OBJETIVO: Este estudo teve como objetivo identificar as principais características clínicas e nutricionais apresentadas pelas crianças com alergia à proteína do leite de vaca. MÉTODO: Tratou-se de um estudo observacional, transversal, quantitativo e correlacional, com amostra de conveniência, constituída por 22 crianças diagnosticados com alergia em diferentes estágios, na faixa etária de 6 meses a 6 anos, atendidas no ambulatório de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. RESULTADOS: Evidenciou-se eutrofia em 81,8% das crianças, risco de sobrepeso em 4,5%, sobrepeso em 9,1% e obesidade em 4,5%. Nenhum dos pacientes apresentou diagnóstico nutricional de magreza. Os sintomas gastrointestinais (diarreia, vômito e sangue vivo nas fezes) foram os que mais acometeram os pacientes avaliados. Todos os pacientes (100%) com alergia em remissão e alergia resolvida mostraram nível de ferritina sérica normal, porém, 14,3% das crianças em alergia ativa estavam com esse valor abaixo do recomendado para idade. As crianças apresentam desmame precoce do leite materno, alimentação complementar dentro do que é indicado e o uso de fórmulas infantis corretas para atingir as recomendações nutricionais para a idade. CONCLUSÃO: Os achados indicam que o perfil clínico e nutricional de crianças com alergia está em conformidade com o esperado no que tange à escolha das fórmulas e desenvolvimento das crianças.