2011
DOI: 10.1590/s1415-65552011000400005
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Gênero, imersão e empreendedorismo: sexo frágil, laços fortes?

Abstract: Homens e mulheres estiveram, historicamente, imersos em redes sociais distintas. Quanto tal fato poderia estar repercutindo, ainda hoje, na situação das mulheres, enquanto empreendedoras? Apesar de sua importância, a literatura sobre empreendedorismo feminino, imersão e redes sociais é relativamente recente. O presente trabalho, de cunho teórico-empírico, avança nesse campo, ao analisar, no contexto de uma metodologia quantitativa, o processo de criação de empresas de mulheres, comparando-o com o dos homens. C… Show more

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“…Changes in the labor market, especially the migration of women who leave private companies and seek self-employment, have become the target of several studies (Stefanović & Stošić, 2012;Amorim & Batista, 2012;Vale, Serafim, & Teodósio, 2011;Okafor & Amalu, 2010;Minniti, 2010;Jonathan, 2005), but concrete indications about the real stimuli that drive women to make such a move are still insufficient (Røsen, 2014;Allen & Curington, 2014).…”
Section: Theoretical Frameworkmentioning
confidence: 99%
“…Changes in the labor market, especially the migration of women who leave private companies and seek self-employment, have become the target of several studies (Stefanović & Stošić, 2012;Amorim & Batista, 2012;Vale, Serafim, & Teodósio, 2011;Okafor & Amalu, 2010;Minniti, 2010;Jonathan, 2005), but concrete indications about the real stimuli that drive women to make such a move are still insufficient (Røsen, 2014;Allen & Curington, 2014).…”
Section: Theoretical Frameworkmentioning
confidence: 99%
“…Uma possível razão para isso estaria relacionada à disponibilidade do tempo dessas mulheres que não se socializam tão facilmente fora dos seus ambientes de trabalho e família, onde canalizam bastante tempo. Outra explicação dada por Vale et al (2011) para a imersão das empreendedoras em redes, pouco diversificada, está no contexto histó-rico social retratado na imagem do homem provedor que em suas atividades fora da família formaram suas redes com predominân-cia de laços fracos, enquanto que as mulheres, mais ligadas à família, estavam imersas em redes com laços fortes. O problema que surge dessa característica das redes femininas é que quanto menos difusa for uma rede, menor será a sua capacidade de obter informações úteis e desenvolver alguma vantagem competitiva (Vale e Serafim, 2010).…”
Section: Redes Sociais Empreendedorasunclassified
“…Vasconcelos et al (2007) consideram fundamental que, nessa fase, as empresas nascentes tenham acesso à indicação de clientes e fornecedores, uma vez que a empresa ainda não é conhecida no mercado. Destaque-se ainda que Vale et al (2011) constataram através da análise de um indicador de imersão mercadológico que as empreendedoras, mais que os empreendedores, no início do negócio contaram com a participação significativa de amigos e conhecidos, diretos e indiretos, entre seus clientes, em uma proporção acima de 21%.…”
Section: Laços E Recursos Acessados Da Fase De Start-upunclassified
“…Os perfis socioeconômicos e as características comportamentais das pessoas consideradas empreendedoras, bem como os motivos que levam os indivíduos a criarem novos negócios, têm estimulado o interesse de acadêmicos, nos últimos anos, tanto no Brasil como mostram os trabalhos de Souza (2001), Machado (2002), Cassol, Silveira e Hoeltgebaum (2007); quanto no exterior, com os estudos de Gartner (1985), Moore (1990) e Valencia, e Lamolla (2005). Em decorrência do aumento da participação das mulheres nas atividades empreendedoras, surgiu a preocupação com as pesquisas sobre empreendedorismo feminino, como as realizadas por Cassol, Silveira e Hoeltgebaum (2007), Vale et al (2011), Dieguez-Castrillon et al (2012) e Strobino e Teixeira (2014).…”
Section: Introductionunclassified