Ginástica Para Todos E Lazer

Abstract

Com certa frequência, a Ginástica Para Todos (GPT) é associada ao lazer, no entanto, por vezes, essa relação é feita sem maiores aprofundamentos. O objetivo do presente ensaio é apresentar algumas congruências entre a GPT, seus fundamentos e o referido campo. Na medida em que ocorre no tempo livre, por prazer, de forma liberatória e por escolha pessoal, observa-se que a GPT, enquanto prática da cultura corporal de movimento, pertence ao lazer, um fenômeno cultural mais amplo. Seus caminhos também se cruzam na possibilidade de desenvolvimento pessoal e social, valorização da criatividade e vivência de elementos da cultura. Esperamos que o texto possa contribuir para estreitar esta relação a partir do estabelecimento de associações com os termos próprios do estudo do lazer.

The Artistic-Expressive Dimension of Gymnastics for All

“…The relationship between sport and art constitutes an interesting concept, combining contributions from history, sociology, and philosophy. Recent studies have revived discussions about the artistic aspects of some sports, including artistic swimming, figure skating, rhythmic gymnastics and acrobatic gymnastics (Chiat & Ying, 2012;Leandro, Avila-Carvalho, Sierra-Palmeiro & Bobo-Arce, 2016;Manos & Popescu, 2014;2020;Toledo & Antualpa, 2016). For all these competitive sports, the artistic-expressive dimension is controlled by criteria formally detailed in its rules, in combination with coaches', choreographers', and referees' decisions.…”

Corpo e gênero nas práticas inclusivas de Ginástica Para Todos na Educação Fí­sica Escolar

“…Logo, nos intriga se realmente a GPT consegue transpor essas barreiras, uma vez que todos esses elementos são observados durante as práticas dessa ginástica. Devido à natureza da modalidade, particularmente por ser um tipo de ginástica demonstrativa e com intuito de não excluir as pessoas, entendemos que as questões de corpo e gênero são respeitadas durante todos os momentos (Domingues, & Tsukamoto, 2021), não havendo uma dicotomização dos corpos e sujeitos. Assim, a prática de GPT está alinhada a uma ideia de flexibilização, não fixando dispositivos binários que reforçam um olhar inteligível entre sexo, gênero e desejo (Butler, 2003).…”