Glicose como causa e tratamento de necrose cutânea

Abstract

Resumo A escleroterapia continua sendo um dos procedimentos mais executados pelos cirurgiões vasculares brasileiros. O conhecimento das suas complicações é imprescindível para que possamos evitá-las. Os efeitos colaterais graves desse método de tratamento para as telangiectasias dos membros inferiores são raros e frequentemente associados a um erro técnico ou à dosagem injetada. São predominantemente locais, apresentando-se, algumas vezes, como uma situação de difícil resolução. Relatamos um caso de formação de necrose cutânea após escleroterapia química com glicose hipertônica (75%) e sua cicatrização utilizando preparação tópica contendo vaselina e glicose 60%, cujo resultado estético foi satisfatório.

Procedimento estético injetável em microvasos: escleroterapia com glicose

“…Nesses estudos percebe-se que, a glicose 75%, adquiriu resultado mais eficaz, exibindo algumas veias colabadas desde a primeira aplicação, no entanto, necessitado a sua maior concentração, avistou que, ao mesmo tempo é mais agressiva ao vaso e ao tecido aplicado, gerando incômodos e desconforto com a geração de bolhas na área concentrada, as pacientes relataram ardor e dor no local durante a aplicação da injeção deste composto (Brandão, 2018).…”

“…Estudos recentes mostram como as somatórias de várias aplicações múltiplas sem precaução podem levar a necroses cutâneas e flictenas. Ainda com a compreensão dos realizadas pelos pacientes, necessita-se preservar-se desse tipo de ocorrência evitando essas situações desnecessárias e desconfortáveis (Brandão, 2018).…”

“…No estudo de Trevisan et al ( 2019) e Brandão et al (2018), eles identificam que a escolha da glicose hipertônica se deve por sua acessibilidade, segurança e efetividade, além de ser uma das substâncias mais empregadas para o procedimento PEIM. Já a ação dessa substância esclerosante se dá gerando uma lesão na camada endotelial na veia, atuando com uma resposta a lesão, há a deposição de fibrina, e continuamente formando uma camada de fibrose, levando a veia a colabar.…”

“…(ABREU, et al, 2017) Por conseguinte, adotada por Kausch em 1917, a glicose hipertônica, é um dos agentes esclerosantes mais usados no Brasil, por ser mais eficaz, mais barato e com poucos efeitos colaterais, como necrose ou reações alérgicas. Por sua aplicabilidade não ser tão rotineira na Europa e nos EUA, a literatura ao que se refere a este esclerosante é de certa forma insuficiente (Brandão et al, 2018;Pereira, 2022).…”

“…4. Brandão et al, 2018. Relatar um caso de necrose cutânea após escleroterapia para telangiectasias nos membros inferiores utilizando glicose hipertônica (75%) e sua cicatrização empregando glicose 60% tópica.…”