Identidade E Representações Sociais De Jovens Em Assentamentos Rurais Da Zona Da Mata De Alagoas

Abstract

O presente trabalho objetivou compreender as percepções, vivências e representações sociais de jovens que moram em assentamentos rurais na Zona da Mata de Alagoas acerca de sua identidade, da agricultura familiar e dos processos de socialização nos âmbitos da educação, do trabalho, familiar e na participação política. Assim, percebeu-se que há uma baixa perspectiva de aumento da escolaridade e produção de renda no meio rural que é conflitante com o alto desejo de permanência desses jovens em sua comunidade. Ficou evidente que a grande maioria gosta de morar na comunidade rural e de participar do trabalho no campo; bem como é grande o percentual dos que pretendem dar continuidade ao trabalho dos pais nos assentamentos e continuar morando neles. A participação em associações e cooperativas é baixa, mas em movimentos sociais é mais representativa. Além do desejo de permanência no ambiente rural, é grande a expectativa de concretização dos objetivos permanecendo nos assentamentos, mesmo que demande a implementação de políticas públicas por parte dos governantes.

O potencial do Turismo de Base Comunitária (TBC) no Assentamento 72 em Ladário, no Mato Grosso do Sul

“…Feiras livres também resguardam contato com os locais, com a cultura e o ambiente regional, o que também pode alavancar o movimento turístico (Cruz & Fontana, 2018). Além disso, a aproximação do produtor com o consumidor é um caminho para potencializar o seu contato com a história e rotinas locais (Mano, Mayer, & Fratucci, 2017;Maia & Gomes, 2020;Carvalho & Costa, 2021).…”

Motivaciones para las migraciones juveniles del campo a la ciudad en Brasil

“…O jovem rural não pode ser enquadrado numa subcategoria da juventude. É necessário considerar a convivência do jovem no ambiente agrário (Silva e Costa, 2021), sobretudo sua expressão dada as regionalidades, inserções políticas, lutas sociais, identidades e atributos socioeconômicos. Indo além, considerar a própria heterogeneidade entre as juventudes rurais e urbanas no Brasil (Martins, 2021).…”

“…Há um conflito entre os desejos de permanecer e as necessidades de qualificação, trabalho e qualidade de vida para os jovens na própria comunidade de origem (Silva e Costa, 2021). É urgente a provisão de serviços educacionais e culturais para a juventude, para que consigam ascensão social sem a necessidade de migrar (Eutrópio et al, 2014).…”

“…Mesmo assim, nem sempre os jovens reconhecem sua autonomia política e capacidade de transformação social. Apenas 19% dos jovens participam de entidades associativas nos assentamentos pesquisados (Silva e Costa, 2021). Mesmo com características propensas à indagação, a participação juvenil em espaços de discussão, incluindo a representação política, ainda é baixa (Dourado e Almeida, 2014).…”

“…Os aspectos motivadores são considerados como fatores de expulsão e consistem nas dificuldades de viver no campo (Silva e Costa, 2021). Mas, as motivações pessoais dos jovens migrantes não podem ser analisadas fora Motivações para as migrações juvenis do campo para a cidade no Brasil Claudio Jorge Gomes da Rocha Junior, Cláudia Siqueira Baltar do entendimento da complexidade social que as envolvem (Faria e Macedo, 2013).…”