Idosos atendidos em um Serviço de Urgência e Emergência Psiquiátrica

Abstract

Objetivo: caracterizar os idosos atendidos em um Serviço de Urgência e Emergência Psiquiátrica quanto ao perfil sociodemográfico, diagnóstico psiquiátrico, prescrição de medicamentos e conduta médica e avaliar suas associações com o sexo. Método: estudo transversal, quantitativo, em que os dados foram obtidos a partir dos prontuários de pacientes atendidos no referido serviço, entre julho/2015 e junho/2016. A variável independente foi o sexo e as dependentes foram: idade; procedência; informante; tratamento psiquiátrico anterior; diagnóstico; medicamentos prescritos e conduta. Resultados: nos 152 prontuários analisados, observam-se idade prevalente entre 60 a 69 anos, maioria de mulheres, procedência do município local e comparecimento com acompanhante. Os diagnósticos prevalentes são a esquizofrenia e os transtornos mentais e comportamentais decorrentes do uso de substâncias psicoativas. As medicações prescritas com maior frequência são da classe dos antipsicóticos e anti-histamínicos, seguidas dos ansiolíticos/sedativos. O critério de Beers considera a prescrição de medicamentos do grupo dos benzodiazepínicos, antipsicóticos e anti-histamínicos inapropriada para idosos. A principal conduta foi a alta, sem encaminhamento a outro serviço. Conclusão: embora haja incentivo do Ministério da Saúde, com a criação de novas políticas de saúde mental, muitos profissionais mantêm o modelo de atendimento baseado na queixa e conduta, dificultando a reabilitação psicossocial dos pacientes.

Uso de antipsicóticos em idosos: uma revisão de literatura

“…Um fator muito citado entre os estudos selecionados foi no tocante da prescrição de medicamentos do grupo dos antipsicóticos, onde são vistos como remédios inapropriados para idosos (DU et al, 2023;CORDEIRO et al, 2021;MOREIRA et al, 2020;ASENSIO et al, 2018;PANCOTE et al, 2018) A respeito dos antipsicóticos, Fulone et al (2023) evidencia que a quetiapina é a mais prescrita para idosos, seguido da risperidona, visto que possui menos distúrbios de movimento do que a risperidona, porém gera mais tontura, boca seca e sonolência. Doolabh;Yeap (2022) utilizaram doses diárias de medicação antipsicótica injetável de longa duração equivalentes à clorpromazina mais baixas do que as usuais para adultos, entretanto, os antipsicóticos de segunda geração superaram os antipsicóticos de primeira geração em 2:1.…”

“…Contudo, seu uso provoca alguns sintomas, como sonolência diurna, diminuição da coordenação motora, alteração da memória, vertigem, zumbidos, delirium, quedas e fraturas, reação paradoxal, intoxicação e risco de dependência. Nos idosos, o uso a longo prazo possui relação ao aumento do risco de demência, especialmente da doença de Alzheimer (CORDEIRO et al, 2021).…”

Medidas de contenção utilizadas pela equipe de enfermagem aos pacientes adultos com transtornos psiquiátricos nos serviços de urgência – revisão integrativa

“…Essas práticas podem estar relacionadas ao despreparo dos profissionais envolvidos e a falta de compromissos dos gestores para mudar essa realidade(Sousa, 2022). Ademais, é válido ressaltar que segundoCordeiro et al, (2021) as mulheres estão sendo mais admitidas nos serviços de emergência com diagnóstico de transtornos mentais e, receberam mais medicamentos, quando comparadas com os homens. Esses resultados podem estar associados pelas múltiplas responsabilidades que têm as mulheres no cotidiano, como dona de casa, cuidar dos filhos, assim como a entrada no mercado de trabalho, favorecendo a existência de doenças psiquiátricas.Neste ínterim,Machado et al, (2021) destaca a importância da equipe do Núcleo de Saúde Mental do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal em central de regulação para atender pessoas em surto psiquiátrico, promovido pelo psicólogo ou assistente social.…”