Impacto de uma capacitação para enfermeiros acerca da assistência no pós-operatório de cirurgia cardíaca

Abstract

Objetivo: Avaliar o impacto de um programa de capacitação teórica para enfermeiros acerca dos cuidados ao paciente no pós-operatório decirurgia cardíaca. Método: Estudo descritivo, quantitativo, realizado em um hospital filantrópico do interior do estado de São Paulo, dividido em trêsetapas: aplicação do instrumento de pré-teste, capacitação expositiva dialogada e aplicação do instrumento de pós-teste. Resultados: Participaram da pesquisa47 enfermeiros, a maioria do sexo feminino, com experiência de 1 a 3 anos na enfermagem, e somente 4 enfermeiros com experiência em cirurgiacardíaca. Verificou-se aumento significativo no número de acertos na avaliação após a capacitação, no pós-teste em relação ao pré-teste. Conclusão: Foievidenciada a necessidade de formação continuada para os enfermeiros atuantes no pós-operatório de cirurgias cardíacas. O programa de capacitaçãoteórica para os enfermeiros se mostrou significante, porém limitado, no que tange ao processo ensino-aprendizagem.

Segurança Do Paciente No Pós-Operatório Em Cirurgia Cardíaca

“…Sabe-se que os profissionais de Enfermagem devem estar sempre em atualização, sendo necessário o aperfeiçoamento profissional com o intuito de prestar uma assistência integral aos pacientes em pós-operatório, garantindo a segurança do paciente. 13,14 Entende-se, em relação à quantidade de vínculos empregatícios, que muitos profissionais tendem à insatisfação do trabalho e, por isso, possuem mais de um emprego, podendo ser influenciada por muitas variáveis, dentre elas, a remuneração. 15 Evidencia-se também que os profissionais de Enfermagem da UTI Coronária apresentaram dificuldades relacionadas à participação em ações de educação permanente, tendo em vista que a maioria desconhece a frequência de realização das capacitações.…”

“…Devem-se implementar, além disso, estratégias para a capacitação de todos os profissionais da equipe voltadas para o manuseio correto das tecnologias. 13 Destaca-se, em relação à identificação dos antecedentes pessoais de saúde, a busca pelas doenças pré-existentes, medicações de uso contínuo e possíveis alergias do paciente. Verificamse, entre as principais doenças pré-existentes encontradas nos pacientes, a hipertensão arterial sistêmica e o Diabetes Mellitus e, consequentemente, o paciente estará em uso de antihipertensivos, insulinoterapia e/ou hipoglicemiantes orais.…”

“…Aumentam-se os riscos de complicações pela CEC, como arritmias, isquemias e alterações nos níveis pressóricos relacionados ao tempo de exposição à CEC, ou seja, quanto maior tempo em CEC maior o risco de os pacientes desenvolverem algum déficit neurológico. 13 Observa-se que 80% se atentavam para a inspeção da ferida operatória, 64% verificavam a inserção dos cateteres vasculares e 96% observavam os aspectos do líquido drenado. Infere-se, com isso, que as complicações relacionadas à ferida operatória são comuns, sendo as principais causas de mediastinite, endocardite, infecção esternal e do sítio de retirada da veia safena, além de infecções relacionadas aos acessos vasculares e sepse.…”

“…19 Detalha-se que os resultados obtidos por meio do estudo e apresentados na tabela 3 acerca da higienização das mãos corroboraram estudos existentes que mencionaram que os profissionais, na maior parte das vezes, abandonam o ato de higienizar as mãos antes de tocar o paciente, antes de realizar procedimentos e após o risco de exposição a fluidos, no entanto, higienizam após tocar o paciente e equipamentos. [6][7][8][9][10][11][12][13][14][15][16][17][18][19][20]21 Constatou-se uma frequência considerável da falta de conhecimento sobre o uso de luvas e o controle de infecções em relação ao uso em situações indicadas, conforme apresentado na figura 1. Tornou-se a utilização de luvas uma ferramenta essencial para o fornecimento de uma assistência segura, sabendo que a decisão de usar ou não as luvas consiste na avaliação dos riscos na exposição a fluidos corporais e na redução do risco de transmissão de agentes patogênicos, contudo, o fato de utilizar luvas não elimina o risco de infecção.…”

Fragilidades E Fortalezas Do Trabalho De Enfermeiros Atuantes No Perioperatório De Cirurgia Cardíaca

“…Quanto às fortalezas identificadas no estudo, os enfermeiros referiram à busca por conhecimentos, que auxiliam na assistência ao paciente. Corroborando com isso, um estudo (12) descreveu que os enfermerios são profissionais responsáveis e possuem iniciativa na busca por atualização e aperfeiçoamento do conhecimento para a atuação em áreas de maior especificidade. Além disso, o desenvolvimento de capacitações em diferentes temáticas proporciona atualização e complementa o conhecimento dos trabalhadores, possibilitando melhor desempenho, assim como, constitui-se como uma necessidade da área da saúde, pois possui constantes mudanças e exige do enfermeiro, qualificação profissional permanente e atualização (12) .…”