Impactos da obesidade em condições reumatológicas e na saúde discal

Abstract

Este artigo é uma revisão da literatura, que visa retratar consequências da obesidade, uma doença metabólica crônica, em condições reumatológicas e discais, utilizando resultados obtidos em artigos publicados nas bases de dados LILACS, MEDLINE, PUBMED e SCIELO. A obesidade é considerada um grande desafio à saúde pública, existente tanto em países subdesenvolvidos quanto desenvolvidos. Tal panorama se justifica pelos maus hábitos alimentares e sedentarismo, observados em grande parte da população global. É uma doença multissistêmica, na qual se encontram implicações inflamatórias e imunomoduladoras que prejudicam o equilíbrio entre os perfis pró e anti-inflamatório da resposta imunológica. Essas alterações exercem influência não somente na gênese das complicações, mas também na falência do tratamento e redução nos índices de remissão. Há elevação dos níveis de marcadores inflamatórios e alteração da progressão de outras comorbidades, de forma que a obesidade se apresenta como fator agravante de doenças reumatológicas e musculoesqueléticas. Adequação alimentar e prática de exercícios são indicados, pois levam à perda de peso, com consequente redução de sobrecarga mecânica, dos biomarcadores inflamatórios e do estresse oxidativo.

Tratamento de lombalgia crônica em pacientes obesos

“…O aumento das adipocitocinas produzidas na destruição das células adiposas, desta forma, leva o tecido a uma baixa perfusão e, posteriormente, evoluindo à hipóxia celular. A evolução do quadro implica em ativação do tecido adiposo e hepatócitos promovendo a expressão de citocinas inflamatórias como fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e interleucina 6 (IL-6) (Oliveira et al, 2020;Ferreira et al, 2020).…”

“…Desta maneira, ocorre um aumento da nocicepção constante nesses pacientes tornando evidentes os quadros de dor crônica. A origem multifatorial da dor torna ainda mais complexo o tratamento e recuperação desses pacientes, estes serão discutidos posteriormente (Ferreira et al, 2020;Castro et al, 2016).…”

Atenção farmacêutica direcionada à pacientes com artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico: levantamento de um perfil farmacoterapêutico

“…Fonte: Dados da pesquisa (2022).De acordo comFerreira et al (2020), a obesidade é um fator de risco para as DRIM e está associada principalmente com a AR. A hipertensão é um outro fator comumente associado a essas doenças, eFranco et al (2021) apontam que mais de 42% dos pacientes com LES, também sofrem com a pressão alta.…”