Implicações Socioeconômicas E Ambientais Do Turismo Na Área Urbana De Presidente Figueiredo – Amazonas

Abstract

RESUMOO município de Presidente Figueiredo-AM se destaca por seus recursos naturais, principalmente os cênicos e os hídricos. O turismo é uma das principais atividades econômicas do município e divide-se entre dois públicos principais que usufruem de seus atrativos: público regional e o público nacional e internacional. O turista estrangeiro é atraído pela pesca esportiva e o turista regional pelas cachoeiras e corredeiras próximas à área urbana. O objetivo desse trabalho é analisar as implicações econômicas e ambientais da atividade turística, destacando os aspectos positivos e negativos gerados pela recepção de turistas que se destina ao complexo turístico do Urubuí. A metodologia utilizada baseia-se no modelo tripé de Sachs onde são analisados os impactos ambiental, econômico e social, por meio de pesquisa documental, bibliográfica e de campo, com entrevistas e observação in loco. A atividade contribui na geração de emprego e renda e na melhoria da qualificação profissional. Entretanto, a dinâmica local sofre alteração social, econômica e ambiental gerando impactos que necessitam ser mitigados. Palavras-chave:

Perfil socioeconômico e conhecimento de guias-piloteiros da bacia do médio Rio Negro, Amazonas

“…Em relação a forma de estruturação a pesca esportiva de Barcelos assemelhasse a que é praticada em outras regiões do Amazonas, exemplo de Presidente Figueiredo, município vizinho a capital Manaus, onde existe ambientes propícios a pesca esportiva, atraindo muitos turistas, que acessam esses serviços por meio de pacotes turísticos com duração de 1 a 3 dias, que são obtidos juntos as agências de viagens (CAVALCANTE et al, 2017). Para Mendonça (2004) a relação de trabalho do guia de pesca não pode ser vista como uma alternativa de emprego, nem como medida de mitigação da pesca predatória dos rios, visto que o turismo não apresenta certa regularidade em relação à obtenção de renda.…”

“…A prática do "pesque-solte" tem sido bastante empregada pelos praticantes da pesca esportiva em todo mundo por acreditar que traga benefícios aos peixes, pois, favorece a sobrevivência pós-captura, contribuindo para a conservação dos estoques (COOKE et al 2007). De acordo com Barroco et al (2014) as taxas de mortalidades dos peixes na prática do pesque-solte pode variar conforme a espécie, a região do corpo do peixe onde é fisgado, o tempo de briga e o tempo de manuseio dos animais. Em Barcelos a pesca tem caráter turístico, sendo a principal espécie alvo o tucunaré Cichla spp.…”

“…Teve seu crescimento expressivo a partir de 1990, com a criação do Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora (PNDPA) em 1997 por órgãos do governo federal (FABRI, 2006), onde uma maior atenção foi dada ao desenvolvimento da atividade em diferentes regiões do país, tendo a pesca esportiva e amadora como um instrumento de desenvolvimento social e econômico, e de conservação ambiental (SCHORK et al, 2010;FREIRE et al, 2012;. Entre as localidades de maior destaque para a prática da atividade no país, se encontra o município de Barcelos no estado do Amazonas que apresenta características apreciadas pelos turistas, como os rios de águas pretas, locais de grande abundância do tucunaré açu Cichla temensis, tido como o grande troféu por parte dos praticantes (ALBANO et al, 2013;BARROCO et al, 2014). Estimasse que a pesca esportiva movimente aproximadamente US$ 6 milhões anuais com a visita de 1.400 a 18.000 pescadores esportivos por temporada no município (HOLLEY et al, 2008).…”

Integridade ambiental ao longo do rio Ariaú, Estado do Amazonas, Brasil: Um estudo baseado no Protocolo de Avaliação Rápida e análise de qualidade de água

“…No entanto, ao inserir ou fomentar-se o turismo como atividade econômica para determinada região, deve-se considerar que a dinâmica local será alterada. A introdução de novos atores, de pessoas com experiências e culturas diferentes deve ser ponderada, bem como a capacidade de suporte de cada lugar a ser visitado pelos turistas (Cavalcante & Lopes, 2017).…”