Os profissionais da controladoria pública, muitas vezes, executam suas tarefas com pouca liberdade e precisam lidar com inúmeras situações conflituosas. O Tribunal de Contas Estadual, na qualidade de agente de controle externo, exige que os órgãos e entidades sob sua jurisdição adotem sistemáticas eficientes de controle interno. Estes diferentes agentes regulam a estrutura de controladoria e afetam a criatividade e autoestima do controlador público. O objetivo do estudo é analisar os drivers da controladoria pública que afetam o isomorfismo coercitivo e normativo nas práticas dos controllers sob o enfoque do Tribunal de Contas do Estado do Paraná. A amostra da pesquisa compreende 110 prefeituras municipais do Estado do Paraná, representadas por seus controllers. Os dados cruzados foram analisados com uso do teste de Kruskal-Wallis. Conclui-se que os drivers da controladoria que afetam o isomorfismo coercitivo e normativo estão relacionados à autonomia funcional dos controllers. A autonomia proporciona melhora à execução e aderência das práticas de controladoria às exigências legislativas. Contudo, a falta de autonomia limita as atividades executadas apenas em função da pressão exercida pela fiscalização do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, o que de fato ocasiona conflitos de interesse e prejuízo no monitoramento dos recursos públicos.