Objetivo: Analisar as habilidades do agente comunitário de saúde (ACS) durante o curso técnico do Programa Saúde com Agente. Método: Estudo transversal, com questionário estruturado online, incluindo dados sociodemográficos e habilidades dos estudantes, organizado em domínios e dimensões. Resultados: Foram encontrados altos percentuais de “saber fazer” para planejamento de ações educativas, de promoção à saúde e de prevenção de acidentes (59,3%), visitas domiciliares (74,4%), identificação de usuários que não fazem uso correto dos medicamentos (52,5%) ou que apresentam fatores de risco para doenças transmissíveis (58,0%) e encaminhamento de usuários com infecções sexualmente transmissíveis (56,9%). Com relação às medidas de pressão arterial (27,7%) e glicemia (27,4%), os percentuais foram baixos. Por sua vez, a opção “não saber fazer” foi encontrada em altos percentuais para realizar manobras de reanimação cardiorrespiratória (40,4%) e realizar técnicas de imobilização em pessoas vítimas de trauma (43,2%). Conclusão: Os ACS percebem que têm habilidades para realizar ações educativas e visitas domiciliares. As lacunas apareceram no âmbito das doenças crônicas e dos primeiros socorros, atribuições mais recentes, reforçando a importância de uma formação de nível técnico que contemple o seu trabalho. O curso técnico do Programa Saúde com Agente vai ao encontro das necessidades de formação desses trabalhadores, potencializando seu trabalho na Atenção Primária, na busca de melhores indicadores de saúde para o país.