Este artigo reúne estudos de casos acerca da aplicação da radiação infravermelha como ferramenta assertiva na identificação de sinais de adulteração em documentos. Utilizaram-se nas análises aparelhamento óptico disponível no Núcleo de Perícias Criminalísticas de Ribeirão Preto, permitindo a observação dos materiais periciados tanto sob a luz visível, como sob a radiação eletromagnética na região do infravermelho (radiação infravermelha). O conjunto procedimental aplicado permitiu, em alguns casos, diferenciar tintas de canetas esferográficas que se mostravam idênticas sob luz visível. Suas propriedades físico-químicas produziram, sob análise não destrutiva, distintos perfis ante a luminescência do infravermelho. Outros materiais, porém, demonstraram perfis de luminescência indistinguíveis. Nesses casos, o potencial da propriedade da absorção da radiação infravermelha na busca por características indicativas de adulteração de documentos foi demonstrado por meio da sua capacidade em revelar elementos grafoscópicos, tais como a pressão do traçado sobre o suporte.