“…Pode ser utilizado na alimentação animal geralmente na conformação de grãos e na alimentação humana na forma de farinha integral(NASCIMENTO JUNIOR et al, 2006). Era considerada planta invasora no cultivo do trigo e da cevada, não se sabe ao certo qual foi exatamente seu centro de origem, mas supunha-se que seja o mesmo de outros cereais como o trigo, a cevada e a aveia, no sudoeste da Ásia(BUSHUK, 2001).No Brasil foi introduzido no século XX por meio de imigrantes alemães e poloneses(NASCIMENTO JUNIOR et al, 2006).A produção nacional do centeio, Secale cereale L, está concentrada nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul(CONAB, 2018), sendo este um cereal conhecido por ser rico em fibras alimentares, principalmente arabinoxilanos(DORING et al, 2017).Utilizado geralmente para a produção de pães, cervejas, ração animal, pré-misturas e em menor quantidade para a produção de cereais matinais, flocos de centeio, bebidas destiladas e outros produtos dietéticos(KAMALELDIN et al, 2008;DE MORI, NASCIMENTO JUNIOR, MIRANDA, 2013;DRAKOS et al, 2017). O centeio é rico em gliadina, mas pobre em glutenina, consequentemente possui menor teor de glúten, do que a farinha de trigo, importante componente para o excelente desenvolvimento da massa(VERWIMP et al, 2007).O trigo, Triticum aestivum, é amplamente produzido e cultivado no mundo sendo o grão mais utilizado para o processamento de farinha destinada a panificados, devido a seu baixo custo e as suas propriedades reológicas que possuem capacidade de formar uma massa viscoelástica, a qual retém o gás produzido durante a fermentação e o mantém nos primeiros estágios de cocção, originando um pão com excelente volume (TEDRUS et al, 2001).A qualidade da farinha depende diretamente da qualidade de sua matéria-prima, a qual pode dispor de diferentes componentes ou propriedades reológicas, devido a fatores no momento do plantio, cultivo e armazenamento do grão.…”