Influência das características das fibras na resistência flexural e modo de fratura dos pinos intrarradicualres

Abstract

RESUMO | Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a influência da arquitetura, do diâmetro e da fração de volume das fibras na resistência à flexão e módulo de elasticidade dos pinos. Material e Métodos: Foram selecionados pinos de fibra de vidro de diferentes marcas comerciais: Exacto, Reforpost RX, White Post DC e Superpost Glass. Os pinos foram submetidos ao teste de resistência à flexão em três pontos (n=10). Foi calculada a resistência à flexão e o módulo de elasticidade. A microscopia eletrônica de varredura acessou o modo de fratura, a fração de volume de fibras, o diâmetro das fibras, a presença de bolhas e falhas. A ANOVA one-way determinou o efeito do diâmetro das fibras na resistência à flexão e módulo de elasticidade dos pinos. Além disso, a ANOVA e o teste de Tukey demonstraram as diferenças entre os valores de resistência à flexão e módulo de elasticidade. O teste de correlação de Pearson revelou as correlações entre resistência à flexão e o diâmetro dos pinos. Resultados: A resistência à flexão foi de 445GPa para o White Post DC a 719 GPa para o Reforpost RX. O módulo de elasticidade variou de 6,4 GPa para o White Post DC a 23,3 GPa para o Exacto. Foram encontradas diferenças entre os diâmetros das fibras exceto entre White Post DC e Superpost Glass. Pinos lisos apresentaram fratura longitudinal e pinos serrilhados, transversal. Conclusão: Foi constatado que maiores diâmetros das fibras elevaram a resistência à flexão. Na análise dos pinos, observou-se que pinos de maiores diâmetros demonstraram maiores valores de módulo de elasticidade, enquanto pinos que apresentavam filamento metálico demonstraram elevação do módulo de elasticidade. Alterações abruptas no diâmetro dos pinos causam enfraquecimento e redução das propriedades mecânicas. Porosidades foram observadas em todos os pinos.

Influência do diâmetro na resistência flexural de pinos de fibra de vidro

“…Em outro estudo, a resistência à flexão e o módulo de elasticidade aumentaram com o aumento do diâmetro do pino. A arquitetura das fibras está relacionada com as características intrínsecas, como seu diâmetro e comprimento, assim como a fração de volume das fibras e seu alinhamento e arranjo (Franco et al, 2015). Em contrapartida, quando analisamos os resultados dos gráficos, nota-se que a resistência flexural é inversamente proporcional ao módulo de flexão, ou seja, quando a resistência flexural aumenta o módulo de flexão estará diminuindo.…”

“…Sendo assim, o presente trabalho correlacionou os resultados com dados encontrados previamente, optando-se pela ISO 10477 citado por (Novais et al, 2009), sendo utilizada a fórmula citada por (Franco et al, 2015), validando e verificando a veracidade dos resultados encontrados.…”

“…Os pinos testados poderiam ser submetidos a inúmeros valores de célula de carga como de 50 N (Goyatá et al, 2008), 2 000 N (Cecchin et al, 2007) e 10 000 N (Franco et al, 2015), porém a célula de carga escolhida para a presente pesquisa foi de 500 N, pois nos testes pilotos os valores variaram em média de 177 N e 285N, sendo assim a célula de carga que mais se assemelha a esses valores é a de 500N e durante o experimento nenhuma amostra atingiu o limite da célula.…”

Comportamento biomimético dos pinos de fibra de vidro: relato de caso

“…Possuem excepcional estética quando comparado aos retentores metálicos fundidos, além de apresentarem excelente comportamento biomimético associado ao seu módulo de elasticidade próximo à dentina sadia 6,7 . Em vista disso, são capazes de absorver tensões que são imprimidas durante as forças oclusais, distribuindo de forma homogênea e prevenindo riscos de fraturas radiculares 8,9 . A presença de um material menos rígido no interior do conduto, diminui a probabilidade de fraturas, devido a esse comportamento mecânico responsável por absorver as tensões que incidem sobre o remanescente 9 .…”

“…Em vista disso, são capazes de absorver tensões que são imprimidas durante as forças oclusais, distribuindo de forma homogênea e prevenindo riscos de fraturas radiculares 8,9 . A presença de um material menos rígido no interior do conduto, diminui a probabilidade de fraturas, devido a esse comportamento mecânico responsável por absorver as tensões que incidem sobre o remanescente 9 . Por outro lado, materiais que apresentam alto percentual de rigidez são incompatíveis com a dentina, podendo ocasionar maior estresse ao dente e consequentemente aumento ao risco de fratura 10,11 .…”