Introduction The Civil War in Mozambique: A history still to be written

Morier-Genoud, Eric; Cahen, Michel; Rosário, Domingos Manuel do

doi:10.1017/cbo9781787442931.001

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“…Sua origem e a existência ou não de uma base social em seu apoio ainda são motivos de grande debate entre acadêmicos. De forma muito simplificada, entende-se que o movimento surgiu na antiga Rodésia (hoje Zimbabué), foi apoiado pelo regime do Apartheid na África do Sul, e, ao longo dos anos, ganhou base social devido às políticas repressivas e autoritárias implementadas pela Frelimo no período pós-independência (MORIER-GENOUD et al, 2018). Ademais, nota-se que os fundadores da Renamo, enquanto movimento de guerrilha, "foram, na verdade, ex-militares de baixa ou média patente da FPLM (Forças Populares de Libertação de Moçambique)" (CAHEN, 2018, p. 143), ou, em outras palavras, ex-apoiantes da Frelimo.…”

Section: Guerra Colonial-libertação E Civilunclassified

“…2 Para o escritor moçambicano Mia Couto, a ra-1 Não há consenso entre os estudiosos em relação à origem da guerra. Acerca desse debate, ver, por exemplo, Hanlon (1990); Vines (1991); Geffray (1991); Pereira (2006); e Morier-Genoud et al (2018). 2 Vale indicar que as aspas aqui utilizadas têm apenas o efeito de ênfase, uma zão da reincidência da conflitualidade é que não se discutiu profundamente na sociedade as razões daquela violência: "houve uma percepção das pessoas de que era melhor não mexer muito nessa caixa de fantasmas, que era uma paz frágil" (MUNIZ, 2014).…”

unclassified

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Moçambique e “uma guerra que parece não ter fim” em Terra Sonâmbula

Lamas¹,

Bueno

2021

RCS

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Em 4 de outubro de 1992, foi assinado o Acordo Geral de Paz (AGP) que pôs fim ao conflito armado que assolou Moçambique por dezesseis anos. Apesar de este dia ser celebrado como o dia da Paz e da Reconciliação e oficialmente marcar o fim da guerra entre a Frelimo e a Renamo (1976-1992), este também pode ser visto, de uma forma mais ampla, como o fim de uma era de violência direta e de conflito armado que começou com a Luta de Libertação Nacional (1964-1974) contra o colonialismo português. Em seu romance Terra Sonâmbula, Mia Couto entrelaça duas histórias diferentes, misturando o presente e o passado, com o intuito de denunciar a destruição causada por “uma guerra que parece não ter fim”. Argumentamos que essa ideia de continuidade da guerra em Moçambique se expressa em três dimensões: através das ligações entre a guerra colonial-libertação e a guerra civil, por meio das memórias daquelas pessoas que a vivenciaram de forma direta ou indireta, e da memória coletiva de forma mais geral e, por fim, através da permanência de relações de colonialidade na sociedade moçambicana contemporânea. Com base na obra de Mia Couto e recurso às gramáticas do Pós-colonialismo, dos Estudos para a Paz e dos Estudos da Memória, este artigo reflete sobre a continuidade da guerra no país e como esse passado ainda se faz tão presente através das narrativas de memórias acerca do mesmo.

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Section: Guerra Colonial-libertação E Civilunclassified

unclassified

Moçambique e “uma guerra que parece não ter fim” em Terra Sonâmbula

Lamas¹,

Bueno

2021

RCS

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“…Whether a war of destabilization, a war for democracy, or both, the fact is that the war “pitted from the start and in its overwhelming majority members of the same national community—Mozambicans against Mozambicans” (Morier-Genoud et al, 2018: 2), and its end, in 1992, opened another window of opportunity for change. Unlike in other contemporaneous cases such as El Salvador and Rwanda, where the United Nations (UN) pushed for the implementation of mechanisms to investigate and bring to justice the responsible for the violations of international humanitarian law, such demand was absent in Mozambique.…”

Section: The End Of the Civil War: The Continuing Remembering Of The Liberation Warmentioning

confidence: 99%

“… 7. There is still no consensus among scholars regarding the origins of the civil war. For discussions of this debate see, for example, Geffray (1991), Hanlon (1990), Igreja (2008), Morier-Genoud et al (2018), Pereira (2006), and Vines (1991). …”

mentioning

confidence: 99%

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Different mechanisms, same result: Remembering the liberation war in Mozambique

Bueno

2021

Memory Studies

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Even though scholars have made substantial contributions in connecting the fields of transitional justice and memory studies, important questions remain unanswered. The question of sequencing is one of them. How does a certain TJ mechanism condition the implementation of subsequent mechanisms and how together they shape memory narratives in a given society? This article builds on the case of Mozambique. Soon after the signing of the General Peace Agreement in 1992, the Frelimo-led government approved Amnesty Law 15/92 and with it, the past was to be left in the past. Such a choice was different from the one taken by Samora Machel—Mozambique’s first president—between 1975 and 1982. By promoting a quasi-truth commission, Machel revisited Mozambique’s colonial past and brought comprometidos’ actions into the open. This article finds that whether the government opened up about the past or sought to leave it behind, the result has been the same: the celebratory reproduction of the liberation war narrative. Resorting to path dependence and critical junctures, this study explains the ways in which such a narrative has become hegemonic throughout the last four decades.

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Violent Resistance

Jentzsch¹

2022

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Why do communities form militias to defend themselves against violence during civil war? Using original interviews with former combatants and civilians and archival material from extensive fieldwork in Mozambique, Corinna Jentzsch's Violent Resistance explains the timing, location and process through which communities form militias. Jentzsch shows that local military stalemates characterized by ongoing violence allow civilians to form militias that fight alongside the government against rebels. Militias spread only to communities in which elites are relatively unified, preventing elites from coopting militias for private gains. Crucially, militias that build on preexisting social conventions are able to resonate with the people and empower them to regain agency over their lives. Jentzsch's innovative study brings conceptual clarity to the militia phenomenon and helps us understand how wartime civilian agency, violent resistance, and the rise of third actors beyond governments and rebels affect the dynamics of civil war, on the African continent and beyond.

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Introduction The Civil War in Mozambique: A history still to be written

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Moçambique e “uma guerra que parece não ter fim” em Terra Sonâmbula

Moçambique e “uma guerra que parece não ter fim” em Terra Sonâmbula

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