Letramento funcional em saúde na adolescência: associação com determinantes sociais e percepção de contextos de violência

Abstract

RESUMO Objetivo Investigar a associação entre letramento funcional em saúde e fatores sociodemográficos, qualidade de vida, autopercepção da saúde e percepção de contextos de violência em adolescentes de escolas estaduais de Belo Horizonte. Método Trata-se de estudo observacional analítico transversal com amostra probabilística estratificada composta por 384 adolescentes entre 15 e 19 anos. A coleta de dados foi realizada em 16 escolas e incluiu questionários autoaplicáveis de avaliação do letramento funcional em saúde, classificação socioeconômica, autopercepção de saúde e de qualidade de vida. A confiabilidade da consistência interna do instrumento de letramento funcional em saúde foi determinada por meio do cálculo do coeficiente de Alfa de Cronbach. Foram realizadas análises descritivas, bivariada e de regressão logística múltipla com entrada hierarquizada dos dados segundo o nível de determinação do modelo teórico estabelecido. Foi considerado o nível de significância de 5% e utilizada como medida de magnitude das associações o Odds Ratio. Resultados O instrumento de letramento funcional em saúde apresentou coeficiente de 0,766, indicando consistência interna aceitável. Mais da metade dos adolescentes apresentou letramento funcional em saúde bom. No modelo final da análise multivariada, permaneceram associadas ao letramento funcional em saúde as variáveis: não praticar religião (p = 0,006; OR = 2,108); domínio social da qualidade de vida (p = 0,004; OR = 1,022); e domínio escolar da qualidade de vida (p = 0,009; OR = 1,019). Conclusão Adolescentes com melhor percepção do convívio social e da inserção escolar tendem a apresentar melhor letramento funcional em saúde. A presença da prática de religião na vida do adolescente também interfere no letramento funcional em saúde.

Letramento Em Saúde De Adolescentes Sobre Métodos Contraceptivos

“…Trata-se de um assunto considerado novo no Brasil, com poucos estudos, sobretudo relacionado ao adolescente, o que dificulta a realização de análise comparativa e, sobretudo, intervenções na realidade social, com estratégias de enfrentamento para alcançar o LS nesse ciclo de vida (10) . Não obstante, estudo brasileiro realizado recentemente com adolescentes, com o objetivo de investigar a associação entre LS e fatores sociodemográficos, qualidade de vida, autopercepção da saúde e percepção de contextos de violência em adolescentes de escolas estaduais de Belo Horizonte, apresentou mais da metade dos participantes com LS adequado (11) .…”

Instruments validated in Brazil for assessing oral health literacy in adolescents: an integrative literature review

“…Among adolescents, the majority of actions have been curative, not contemplating health promotion efficiently. Preventive policies and actions aimed at the adolescent are necessary, considering their previous knowledge skills and motivation in the development of social, personal, self-knowledge and life skills, so that their choices are in favor of a healthy life (Sørensen et al, 2012;Rocha et al, 2017). When considering health promotion policies, Health Education (LS) is configured as an existing proposal.…”

O capital social na adolescência em escolares de 12 e 15 anos

“…As políticas nacionais de saúde não contemplam de forma eficiente essa fase da vida, então faz-se necessário políticas preventivas para os adolescentes, pois, as políticas estão direcionadas para crianças ou para adultos e as ações voltadas para adolescentes são de aspectos curativos. As ações de promoção à saúde direcionadas ao adolescente devem incluir informação e conhecimento, competências sociais, pessoais, de autoconhecimento e de vida, para que suas escolhas indiquem uma vida saudável (Rocha et al, 2017). Para esse fim, são necessárias mais pesquisas voltadas para este público.…”