<b>A morbidade por causas externas em uma região do município de Porto Alegre/RS</b> - DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v7i3.6479

Abstract

A partir da década de 1980 as causas externas de morbimortalidade passaram a figurar como relevante problema de saúde pública. Dados recentes do DATASUS apontaram, para o ano de 2007, 831.165 internações no território nacional, sendo o Rio Grande do Sul responsável por 15,7% desses casos. Na perspectiva de compreender os diversos fatores que influenciam esta problemática e os fatores locais desta casuística, este estudo tem como objetivo descrever a morbidade por causas externas em uma região do município de Porto Alegre/RS, no período de fevereiro de 2002 a fevereiro de 2005, correspondente à demanda de 14 Serviços de Atenção Básica. A análise baseou-se em 1.594 registros da demanda dos serviços da base de dados do Observatório de Causas Externas, sediado na Região Lomba do Pinheiro e Partenon. O domicílio foi o local de ocorrência mais registrado, indicando a precariedade do ambiente físico e a fragilidade das relações familiares. Os acidentes domésticos, com 33,2% dos dados, corresponderam à maioria dos atendimentos, enquanto os agravos decorrentes de violência perfizeram 20,3% dos registros. A análise dos dados apontou vulnerabilidades socioeconômicas, geracionais e de gênero, sugerindo a necessidade de medidas estruturais e promocionais de educação e prevenção.

Caracterização Das Agressões E Ferimentos Atendidos Pelo Siate Na Cidade De Londrina-Pr

“…(9) . Já em Porto Alegre-RS, a porcentagem de eventos violentos foi de 23,9%, porém, esse número equivale às ocorrências atendidas pela demanda da Rede de Atenção Básica (10) . Em todos os tipos de ocorrência analisados, houve predominância do sexo masculino, corroborando com a literatura (10)(11)(12) .…”

“…Já em Porto Alegre-RS, a porcentagem de eventos violentos foi de 23,9%, porém, esse número equivale às ocorrências atendidas pela demanda da Rede de Atenção Básica (10) . Em todos os tipos de ocorrência analisados, houve predominância do sexo masculino, corroborando com a literatura (10)(11)(12) . Estudo que analisou dados de mortalidade por causas externas e morbidade por agressões no Brasil, concluiu que as agressões são mais graves nos homens que nas mulheres, e que fatores socioeconômicos influenciam a relação entre a violência e a masculinidade (12) .…”

“…A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem lançada em agosto de 2008, ressalta que o "papel de agressor" do homem deve ser desmistificado, dando ênfase na prevenção das causas da violência e na atuação nos danos causados por esta (13) . A faixa etária mais acometida pela violência correspondeu a estudos previamente realizados frente a eventos violentos (10,14) . É importante lembrar que os jovens envolvidos neste tipo de ocorrência sofrem influência externa, que deve ser levada em conta; suas concepções centram-se nos contextos familiar, político, econômico e sociocultural (11) .…”

<b>Da cartografia ao território: desafios para os estudos espaciais na área da saúde</b> DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v13i3.20175

“…Assim, em contextos sociais de intensa assimetria das condições de vida e relações de poder cada vez mais excludentes, considera-se a necessidade de estudos e propostas analíticas capazes de aproximar dados da realidade, levando em consideração a íntima relação desses fatores com a formação, utilização e apropriação dos espaços e territórios. Salienta-se que o espaço urbano reflete com fidelidade a dicotomia entre classes sociais e a geração de desigualdades, sendo condicionado e condicionante de determinados fenômenos e/ou agravos à saúde, em particular pode-se referenciar as causas externas de morbimortalidade em sua complexa casuística sociocultural (10,13,14) .…”

<b>Cuidadores familiares: uma categoria em extinção? </b> DOI: 10.4025/cienccuidsaude.v12i1.21743

“…A obra "Por uma ética do Cuidado" nos proporciona fundamentos teóricos e empíricos valiosos para a reflexão sobre essa cultura de descuido que tem predominado nas sociedades capitalistas "pós-modernas", ressaltando a negligência com a vida e sua fragilidade como o ponto nodal da nossa grave crise civilizatória (9) . Acreditamos como mães/mulheres e profissionais universitárias que a publicização das mulheres de família, a banalização da violência, a clivagem narcísica resultante do individualismo e da competição desenfreada entre as pessoas, bem como a fragilidade dos laços conjugais desestabilizando as configurações familiares têm gerado nas esferas públicas e privadas uma convivência insustentável e uma absoluta negação da fragilidade das relações familiares (10) . Estamos absolutamente imersos em um modelo de sociedade paradoxal e ambivalente, que dá vida e ao mesmo tempo mata todas as experiências humanas.…”