<b> Os desafios da humanização dentro de unidades de pronto atendimento: a visão dos gestores/ The challenges of humanization within units of ready attendance: the vision of managers<b>

Abstract

A Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde tem provocado mudanças no cenário nacional com impactos também na rede de atendimento de urgência e emergência. Objetivou-se identificar os desafios da humanização dentro de Unidades de Pronto Atendimento na visão dos gestores. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo com abordagem qualitativa, realizado por meio de entrevista semiestruturada e registro em gravador de voz, com 18 gestores médicos e enfermeiros. Para análise sistemática dos dados utilizou-se a proposta operativa para análise de dados qualitativos. Emergindo as seguintes categorias: a Política Nacional de Humanização nas Unidades de Pronto Atendimento na visão dos gestores; fatores influentes que interferem no processo de humanização; e ações dos gestores na promoção da humanização nas Unidades de Pronto Atendimento. Constatou-se que a política nacional de humanização do SUS não está clara para todos os gestores, os quais indicam como fatores prejudiciais para humanização a elevada demanda de usuários, os fatores pessoais dos profissionais e dos usuários e as condições de serviço ofertadas. Manter-se presente nos serviços de saúde e desenvolver atividades de capacitação e orientação são atitudes positivas na visão dos gestores para o desenvolvimento da humanização.

Atuação do enfermeiro diante do atendimento humanizado nos serviços de urgência e emergência: os desafios para a implementação

“…Por outro lado, Siqueira et al (2019), destaca em sua pesquisa a rotina estressante desses profissionais, onde lidam diariamente com morte e dor de pacientes e familiares, dificultando a assistência humanizada frente as experiências vividas no setor de trabalho. Leite et al (2018) abordam em sua pesquisa sobre a importância de realizar novos estudos que visem diagnosticar fatores de riscos relacionados ao estresse ocupacional nesses profissionais, visando a elaboração de estratégias para o enfrentamento do cotidiano laboral, como capacitações, dinâmicas, dentre outras, levando a prevenção de doenças relacionadas ao setor de trabalho. Para adoção de medidas assistenciais de maneira humanizada torna-se essencial um ambiente menos desgastantes, com recursos humanos, materiais e estrutura física adequada para concretização do atendimento humanizado.…”

“…Segundo Silva et al (2016) a equipe de enfermagem apresenta deficiências frente a comunicação no setor de trabalho, destacando a importância de a instituição realizar novas capacitações com esses profissionais, para que assim esses enfermeiros tenham um amplo conhecimento técnico e científico para que a confiança consiga permanecer entre a equipe, com o intuito de atender todas as necessidades. Leite et al (2018) abordam em sua pesquisa que o ato de humanizar no serviço de UE não se resume somente no ato de respeitar o próximo, mas sim de aceitar suas diferenças com ética, sendo algo essencial no cuidado do ser humano, onde segundo os profissionais de enfermagem é de extrema importância ver o paciente de maneira holística, numa perspectiva biopsicossocial, tratando o paciente como um todo, não vendo somente a sua doença ou complicação, mas também suas necessidades físicas, mentais e espirituais.…”

“…Segundo Souza et al ( 2019) a falta de espaço físico e de materiais são algumas das principais fragilidades mencionadas entre as dificuldades, além do acúmulo de usuários nos serviços, interferindo significativamente na qualidade do atendimento, assim como na satisfação dos profissionais presentes no serviço emergencial. Leite et al (2018) abordam sobre a falta de conhecimento por parte dos gestores, a falta de condições técnicas de capacitação ou de materiais, sendo considerado como um dos problemas graves chaves para que se possa exercer a humanização, direcionando a um atendimento de má qualidade e baixa resolubilidade. Entretanto, os autores abordam que comprar novos equipamentos e desenvolvimento de tecnologias criativas não é suficiente se a gestão não estiver voltada para o atendimento dos usuários e clientes daquele serviço.…”

A importância da humanização nas urgências e emergências

“…(Costa et al, 2018) Embora a PNH seja uma política nacional estudos apontam que poucos gestores possuem conhecimento dessa política e instituem nos atendimentos de forma indireta através do acolhimento que é preconizado nos protocolos proposto do ministério da saúde. (Freitas, 2022;Leite et al, 2018).…”

“…Ao serem entrevistados alguns citaram a PNH mas nem todos sabiam o conceito e as diretrizes que a política engloba. (Leite et al, 2018).…”