ResumoA comunicação triádica em pediatria tem sido foco de pesquisa nos últimos 20 anos, considerando a relevância de compreender este processo para melhorar a assistência em saúde a crianças e adolescentes. Esta revisão sistemática de literatura teve como objetivo analisar 118 trabalhos sobre este tema, publicados entre 2000 e 2012. Os resultados mostram distribuição regular dos estudos ao longo do período, com prevalência de pesquisas em caráter descritivo e com metodologia quantitativa. A literatura enfatiza que a comunicação promove melhores níveis de adesão aos cuidados, melhoria de sintomas e respostas clínicas, comportamentos colaborativos e adaptação ao tratamento, contudo a focalização de habilidades comunicativas triádicas durante a graduação profi ssional é insufi ciente. Destaca-se que a criança é excluída da interação e as demandas individuais por informação devem ser prioridade. São necessários mais estudos sobre intervenções psicossociais e em caráter longitudinal, que possam contribuir para a compreensão do processo de comunicação em pediatria.Palavras-chave: Revisão de literatura, comunicação pediátrica, relação terapêutica.
Triadic communication in Pediatrics:Literature review
AbstractTriadic communication in pediatrics has been focused in the last 20 years, considering the relevance of understanding this process in order to improve health assistance to children and adolescents. The main purpose of this systematic literature review was to analyze 118 papers related to this theme, published between 2000 and 2012. Results show a regular distribution of studies along this period, with prevalence of descriptive researches that included quantitative methodology. Literature emphasizes that communication promotes better adherence to healthcare, improvement in symptoms and clinical responses, collaborative behaviors and adaptation to treatment, however the focus on triadic communicative skills during graduation is not suffi cient. The child is excluded from the interaction and tailored demands for information must be a priority. More studies are needed, concerning psychosocial interventions in longitudinal design, which may contribute to understand communicative processes in pediatric settings.