Trocas afetivas favorecem o desenvolvimento inicial e podem ser impactas por metas maternas. Esse estudo investigou trocas afetivas e tentativas de trocas afetivas, metas maternas de socialização emocional e associações entre esses domínios. Foram filmadas observações de 20 mães e bebês (dois/três meses) do Rio de Janeiro e as mães foram entrevistadas. Realizou-se análise de vídeo e de conteúdo e os resultados indicaram, em média, 5,5 trocas e 13,8 tentativas por díade, e 2,38 turnos por troca. A mãe foi quem mais frequentemente promoveu trocas afetivas (90%) e tentativas de trocas afetivas (99%), pela fala. Nas trocas, o sorriso do bebê foi a expressão emocional predominante, e dos comportamentos afetivos maternos, a fala. Análise das entrevistas indicou valorização de metas de autonomia, prezando relações de proximidade, sem serem encontradas associações entre metas maternas e características das trocas analisadas. Certa complexidade já está presente nas trocas afetivas mãe-bebê no momento do desenvolvimento e contexto estudados. Novos estudos devem explorar contextos e variáveis sociodemográficas diversos.