Resumo As mães de crianças com Síndrome da Zika Congênita (SZC) enfrentam desafios excepcionais no cuidado com seus filhos. Mediante essa realidade, a disponibilidade de suporte social pode funcionar como um importante fator de proteção. Nesse sentido, esse trabalho teve por objetivo avaliar o papel do suporte social informal e formal na saúde mental, autoeficácia parental e satisfação com a vida de mães de crianças com SZC. Participaram desse estudo 69 mães de crianças com SZC (M = 26,4 anos; DP = 6,23), residentes no estado do Ceará, Brasil. Elas responderam a Escala de Satisfação com o Suporte Social, Questionário de Saúde Geral, Escala de Autoeficácia Parental e Escala de Satisfação com a Vida. Os resultados apontam que a maior percepção de suporte social informal prediz significativamente melhores níveis de saúde mental e satisfação com a vida. Ademais, o acesso ao suporte social formal prediz significativamente uma maior percepção de autoeficácia parental. Os resultados observados com as mães de crianças com SZC são coerentes com os relatados em outros estudos, apontando que o suporte social formal e informal apresentam efeitos distintos na saúde mental, autoeficácia parental e satisfação com a vida, cabendo observar que esses efeitos ocorreram mesmo controlando o efeito de variáveis sociodemográficas.