Modelo de Aprendizagem Integral (MAI): um novo modelo para o ensino de contabilidade

Abstract

Given the market demand for fully educated professionals transposed by comprehensive competences, the high degree of student engagement with technology, the role of teaching institutions and teachers in the training of individuals, and the evidence that the process of student-centered teaching-learning produces meaningful learning experience. This scenario identifies the competences required for integral training. The literature shows structures that contribute to the development of competences, without contemplating those of integral formation, in full, which led to the design of the ILM, which is based on the principles of constructivism and appropriates models, strategies and technologies for teaching and learning, with elements used synergistically. The objective of this research was to evaluate an instructional model for the integral training of the individual through the teaching of accounting. The designed Model was transposed to Moodle, in a course on explanatory notes, with the purpose of verifying the scope of the integral formation, and still verify indications of its validity. His evaluation was made through two editions of the course, in the mixed and online modalities. The data were obtained through surveys and analyzed based on descriptive statistics, non-parametric tests and content analyzes. The results demonstrated the effectiveness of the ILM in leading to the development of communication, critical thinking, collaboration and problem solving, in the accounting instructional process, which is considered integral formation. ILM is added to literature as a viable alternative to accounting education. Their contributions reach the students, by providing full training experience, the teachers, by migrating from transmissions of knowledge to facilitators, to higher education institutions, for demonstrating how a contextualized training can be carried out by students' digital profile and market demands. Based on the findings, it is recommended that disciplines and accounting courses and related areas be planned considering the use of instructional models such as MAI.

Associações entre estilos de aprendizagem, preferências por metodologias ativas e gerações dos discentes de graduação em Contabilidade

“…Segundo Gomes (2018), as competências necessárias para formação integral possuem uma interligação: o desenvolvimento de uma competência pode desenvolver, direta ou indiretamente, ou aprimorar outras competências durante o processo de ensino-aprendizagem. Gomes (2018) destaca algumas metodologias de ensino que podem contribuir para o desenvolvimento das competências, dentre elas, MA que fazem parte da categorização usada neste estudo. De acordo com a autora a comunicação pode ser desenvolvida na aplicação de metodologias como: casos para ensino, apresentação de seminários e PBL.…”

“…O Quadro 3 sintetiza, conforme o agrupamento de competências da formação contábil integral proposta por Gomes (2018), as habilidades e competências desenvolvidas por meio das MA, com base nos estudos de Leal, Miranda e Casa Nova (2017) e Gomes ( 2018), e relaciona com as categorias de MA de Nagib e Silva (2020). Observa-se, no Quadro 3, que combinando o uso das MA, presentes na categorização de Nagib e Silva (2020), em sala de aula é possível contribuir para o desenvolvimento de competências e promover a formação integral dos futuros contadores.…”

Exame de suficiência contábil: Análise crítica do nível cognitivo na perspectiva da Taxonomia de Bloom

“…Desse modo, o ensino da contabilidade muda substancialmente, pois o mercado de trabalho passa a exigir, dos profissionais da área, um conhecimento que ultrapassa a questão técnica (LEMES; MIRANDA, 2014). Assim, espera-se que os objetivos educacionais no Brasil estejam voltados não só para a construção de conhecimento técnico e teórico, mas também para o desenvolvimento e aprimoramento de competências comportamentais, que tenham como fim produzir um novo perfil acadêmico a professores e estudantes de contabilidade (GOMES, 2018). No Brasil, as competências e habilidades que o profissional contábil deve ter são preconizadas nas DCN (Diretrizes Curriculares Nacionais) do curso de Ciências Contábeis, de acordo com o artigo 4º da Resolução nº 10 da CES (Câmara de Educação Superior).…”

“…Além disso, pesquisadores também têm se empenhado em identificar e listar essas competências, não técnicas ou soft skills, apontadas como sendo fundamentais à formação contábil integral (KAVANAGH;DRENNAN, 2008;HANCOCK et al, 2009;RICCIO, 2010;MENDONÇA NETO;OYADOMARI, 2010;CHIU et al, 2016;GOMES, 2018). Nessa lógica, para Santana Júnior, Pereira e Lopes (2008) os níveis mais complexos da Taxonomia de Bloom (análise, síntese e avaliação) abrangem essas competências comportamentais, uma vez que instigam a resolução criativa de situações diversas e complexas, que, em muitos casos, são estranhas ao indivíduo, que, mesmo assim, deverá ser capaz de identificar e antecipar-se ao fato, encontrando a solução adequada para a situação.…”

“…A principal contribuição deste estudo é agregar informações que sejam úteis ao CFC, órgão responsável por elaborar as provas do Exame de Suficiência, para que possa alinhar o que é cobrado no exame com o currículo do curso de Ciências Contábeis das Instituições de Ensino Superior e com o perfil desejado pelo mercado para os contadores (habilidades e competências). Conforme Gomes (2018), para a sociedade é positiva a presença de indivíduos com visão relacional global, capazes de se comunicar, pensar criticamente, colaborar e solucionar problemas. Além de que este estudo oferece uma contribuição metodológica, ao realizar um processo de validação da classificação das questões por especialistas, para minimizar a subjetividade da classificação por meio da Taxonomia de Bloom.…”