Monazita em veios de quartzo da Serra do Espinhaço Meridional (MG): mineralogia, idades LA-ICP-MS e implicações geológicas

Abstract

Resumo Com a descoberta de ocorrências de monazita num ambiente geológico incomum, em veios de quartzo na Serra do Espinhaço Meridional, propôs-se estudar a geologia desses depósitos e seus comportamentos químicos em três localidades (Buenópolis, Olhos d'Água e Diamantina), bem como datações geocronoló-gicas U-Pb por abrasão a laser MC-ICP-MS foram efetuadas em amostras de Diamantina e Olhos d'Água. Em Buenópolis, o mineral aparece como indivíduos geminados, em cascalheiras coluvionares na zona de contato do Grupo Macaúbas com o Supergrupo Espinhaço. Na ocorrência de Olhos d'Água, têm sido registrados grandes cristais em bolsões ovalados métricos, hospedados em metapelitos do Grupo Macaúbas. Em Diamantina, foram estudados cristais milimétricos de um depósito coluvionar do Rio Caeté-Mirim. Certamente, no primeiro e no terceiro casos, tais grãos se originaram dos abundantes veios de quartzo que seccionam as seqüências regionais. Análises com microssonda eletrônica mostraram valores de óxidos em geral semelhantes para os três depósitos, entretanto com certas particularidades. As amostras foram caracterizadas como monazitas-(Ce), localmente ricas em neodímio e, embora em geral não tenham revelado semelhanças absolutas para dois depó-sitos, Diamantina e Olhos d'Água apresentaram alguns aspectos químicos preferenciais. Os resultados U-Pb indicaram, supondo-se as idades mais antigas (~491 Ma) como de cristalização do mineral, uma extensão completa de idades na faixa entre 490 e 440 Ma, provavelmente devidas a reaquecimentos tardios. Em termos geotectônicos, tais idades permitem evidenciar as últimas manifestações referentes ao Ciclo Brasiliano na região.Palavras-chave: monazita-(Ce), Serra do Espinhaço, química mineral, geocronologia. Abstract Monazite in quartz-veins from the Southern Espinhaço Range (MG): mineralogy, LA-ICP-MS ages and geological implications.Due to the discovery of monazite occurrences in an uncommon geologic setting, in quartz veins cutting rocks of the Southern Espinhaço Range, a study was carried out on the geology and mineral chemistry of these deposits in three localities (Buenópolis, Olhos d'Água and Diamantina), as well as to make U-Pb laser ablasion MC-ICP-MS geochronological determinations in the Diamantina and Olhos d'Água samples. In Buenópolis, monazite specimens are common as twin crystals, occurring in colluvial gravel deposits in a contact zone between the Espinhaço Supergroup with the Macaúbas Group. The Olhos d'Água occurrence is in metric oval-shaped pockets hosted in metapelitic rocks of the Macaúbas Group, where large crystals have been discovered. In Diamantina, millimeter-size crystals were studied as broken grains recovered in a colluvial deposit near the Caeté-Mirim river. Certainly in the first and in the third cases, such grains came from the abundant regional quartz veins. Electron microprobe analyses showed similar oxide values for the three deposits, but with some chemical specific aspects. The samples have been identified as monazites-(Ce), locally Nd-rich; the Diamanti...

LATE CAMBRIAN Au-Pd MINERALIZATION AND Fe ENRICHMENT IN THE ITABIRA DISTRICT, MINAS GERAIS, BRAZIL, AT 496 Ma: CONSTRAINTS FROM U-Pb MONAZITE DATING OF A JACUTINGA LODE

“…Gold from the Diamantina veins gave a U/Th-He age of 515 ± 55 Ma (Cabral et al, 2013). 20 m.y., between 464 ± 7 and 444 ± 4 Ma (monazite Pb-Pb ages, Chaves et al, 2010; Fig. In Diamantina and throughout the southern Serra do Espinhaço, regional hydrothermal overprint manifests itself as widespread quartz veins, some of which host monazite that crystallized over a time period of ca.…”

“…Data source for ages: (1) Pb-Pb weighted-average ages (464 ± 7 Ma and 444 ± 4 Ma) for monazite from quartz veins (Chaves et al, 2010); (2) U-Pb age (524 ± 16 Ma) for rutile from auriferous quartz-hematite-rutile pockets (Cabral et al, 2013); (3) This study; (4) Ar-Ar age (485 ± 4 Ma) for hydrothermal muscovite, Passagem de Mariana lode (Chauvet et al, 2001). Abbreviations: C. = Córrego (stream); Faz.…”

Geologia Integrada Das Folhas Jequitaí, Bocaiúva E Montes Claros (1:100.000), Norte De Minas Gerais

“…O primeiro é lavrado em uma grande mina (Mina do Moinho, em Olhos d'Água), Folha Bocaiúva, e em dezenas de pequenos garimpos nesta e nas outras folhas. Sua gênese está ligada a veios hidrotermais originados de fluidos tardios, por remobilização de sílica das encaixantes durante os estágios finais da deformação brasiliana, por volta de 490 Ma (Chaves et al, 2010a).…”

Anatase crystals of unusual habit in quartz veins from the Diamantina region (Espinhaço Range, Minas Gerais)

“…490 Ma (Chaves et al, 2010(Chaves et al, , 2017. The Espinhaço fold belt lies east of the most important geotectonic mega-unit of central-eastern Brazil, the São Francisco Craton (Almeida, 1977).…”

“…Several articles involve the geological, mineralogical and geochronological aspects of the quartz veins in the Espinhaço Range, a mountain chain that crosses the states of Minas Gerais and Bahia (e.g., Foord et al, 1994;Chaves et al, 2003Chaves et al, , 2006Chaves et al, , 2010Chaves et al, , 2017Chaves, 2007;Chaves & Menezes Filho, 2017), due to their geotectonic and economic importance. The present report describes the anatase crystals and the geologic framework of these two new occurrences, as well as the crystallographic explanation for the forms of the crystals, and their chemical compositions.…”