Morfologia e distribuição de galhas foliares de Anacardium occidentale L. (Anacardiaceae)

Abstract

Galhas são estruturas que exibem associações específicas entre o indutor e a planta hospedeira, onde são evidenciadas modificações morfológicas, anatômicas e químicas dos tecidos vegetais. Objetivou-se descrever a morfologia e a distribuição de galhas foliares de Anacardium occidentale L. (Anacardiaceae). Foram coletadas 294 folhas, da porção apical dos ramos, de indivíduos localizados na Universidade Federal do Tocantins -Campus Araguaína, TO. Foram realizadas análises morfológicas utilizando microscópio estereoscópico, paquímetro e bibliografia específica. Determinou-se o número de galhas no limbo foliar seguida da análise de regressão linear entre o número de galhas por limbo e o seu comprimento. Foram observadas galhas do tipo cônico atravessando a lâmina foliar, glabras, de coloração verde quando jovens e vermelho alaranjadas quando maduras, com distribuição isolada/agrupada e aderência total; internamente apresentou um lóculo e uma larva do indutor (Cecidomyiidae). A distribuição das galhas no limbo apresentou diferenças significativas (p<0,001), em ordem decrescente foi observado maior número de galhas entre as nervuras (57,1%), sobre a nervura secundária (35,7%), na margem (6,3%) e na nervura central (1,2%); a análise de regressão linear apresentou fracamente positiva (r 2 = 0,03; coeficiente de Pearson= 0,2025), o que sugere que a oviposição está associada, em parte, com o tamanho do limbo e que outras variáveis podem ser determinantes. Estes são os primeiros registros de galhas em A. occidentale no estado do Tocantins. ABSTRACT-Galls are structures that show specific associations between the inductor and the host plant, which morphological, anatomical and chemical changes of the plant tissues are highlighted. This paper aimed to describe the morphology and distribution of leaf galls in Anacardium occidentale L. (Anacardiaceae). 294 leafs were collected from the branches apical portion of individuals located in the Federal University of Tocantins -Araguaína Campus, TO. Morphological analyzes were performed using stereoscopic microscope, caliper and specific bibliography. It was determined the number of galls on the foliar limb followed by the number of galls per limb and its length linear regression analysis. Conical type galls were observed crossing the leaf blade, green-colored glabrous when young and orange-red when mature, with isolated/grouped distribution and full adherence; internally it presented a lobe and inducer's larvae (Cecidomyiidae). The distribution of galls in the limb showed significant differences (p <0.001), in descending order there was a higher number of galls between the veins (57.1%) on the secondary vein (35.7%) on the edge (6.3%) and the central vein (1.2%); Linear regression analysis showed weakly positive (r 2 = 0.03; Pearson's correlation coefficient = 0.2025), suggesting that oviposition is associated in part with the foliar limb size and that other variables can be decisive. These are the first records of galls in A. occidentale in the State of Tocantins.

Interspecific competition drives gall‐inducing insect species distribution on leaves of Matayba guianensis Aubl. (Sapindaceae)

“…For instance, Lebel et al (2008) found that most of galls of gall-midge (Diptera: Cecidomyiidae) developed on the leaf veins and on the basal region, followed by the median and apical regions of the Psychotria barbiflora (Rubiaceae) leaves. Scareli- Santos et al (2015) documented that most of the analysed galls of an unidentified Cecidomyiidae species (Diptera) were distributed mainly between the veins (limbus) and in the secondary vein of the leaves of Anacardium occidentale L. (Anacardiaceae). These facts suggest that gall position in the leaves depends on the sites where more quantity of nutrients is transferred.…”

DESCRIÇÃO MORFOANATÔMICA DAS GALHAS E SUA DISTRIBUIÇÃO NAS FOLHAS DE Ouratea spectabilis (MART. EX ENGL.) ENGL. (OCHNACEAE)

“…Quando os insetos indutores ovipositam a planta hospedeira, alterações se desenvolvem não só no limbo foliar, mas também em todos os órgãos da planta, sendo desta maneira mais frequente nas folhas. (SCARELI-SANTOS et al, 2015). A ação desses galhadores provocam modificações estruturais nos tecidos vegetais de suas plantas hospedeiras (OLIVEIRA et al, 2006 KLEIN;CARNEIRO et al, 2009;SANTOS et al, 2012…”