Nas fronteiras do trabalho: trânsitos e resistências numa expedição de construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

Abstract

O artigo discute aspectos conflitivos de uma composição heterogênea de trabalhadores recrutados pela companhia norte-americana P & T Collins em 1878, responsável por construir a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Com sede na Filadélfia, a companhia deslocou até Santo Antônio do rio Madeira centenas de operários de diferentes nacionalidades. As péssimas condições de estadia, falhas no pagamento de salários, doenças mortais, ataques de índios contra os acampamentos, castigos físicos, entre outros fatores, despertaram protestos e levaram trabalhadores a abandonar as obras. Apesar das divergências culturais, ações comuns de resistência envolveram essa composição internacional de trabalhadores e seus protestos alcançaram os jornais e despertaram a solidariedade em diferentes pontos do continente.

A critical organizational history of city margins in the Global South

“…The implementation of such social engineering practices materialized the knowledge and power reproduced through a process of social sanitation and construction of urban infrastructure. Prominent examples include the inauguration of the Fortaleza Iron Market with structures imported directly from the workshops of Guillot Pelletier in Paris (Jornal A Rep ublica, April 19, 1897); the Jos e de Alencar Theater in 1910 with structures imported from Scotland, and inspired by eclectic architecture (Collection Portal Fortaleza Nobre, 2015); the Cine Majestic inaugurated on July 14, 1917, in the central square, and the arrival of the train and tram services, representing literally the tracks of "progress" in the city (Cândido, 2016). These innovations emerged amid the QROM 18,1 organization of various urban hygienist behavioral practices based on the "Municipal Posture Code" that dictated the: "correct way to behave in the city" (Jornal A Rep ublica, November 18, 1893).…”