“…Pensar de tal modo, nos leva a seguir na contramão de imposições e ideologias que com o avanço do neoliberalismo buscam transformar a educação em um produto mercadológico, no qual a escola seria a empresa, os alunos seus clientes e os professores, os articuladores responsáveis por atingirem as metas e os objetivos postos, aspectos que podem ser evidenciados na Base Comum Curricular Nacional (BNCC), cujo processo de elaboração se deu de maneira "[...] verticalizada e sem efetivo diálogo com a comunidade escolar e acadêmica" (Rodrigues et al, 2020, p. 20). Além disso, em dezembro de 2019, de modo similar, foi promulgada a Base Nacional Comum de Formação de Professores (BNCFP) (CNE, 2019), em substituição das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores de 2015 (DCNFP/2015), orientando para "[...] mudanças de fundamentos, objetivos, conteúdo e estrutura da formação inicial e continuada de professores" (Rodrigues et al, 2020, p. 3) e inclusive favorece a implementação da BNCC no sistema educacional brasileiro (Rodrigues et al, 2020). Concordamos com essas autoras ao sinalizarem que há somente quatro anos essas DCNFP/2015 vem sendo implementadas, de modo que esse curto espaço de tempo mostra-se insuficiente para seu desenvolvimento e amadurecimento, o que denota ser no mínimo irresponsável tal substituição, alterando mais uma vez os direcionamentos para a formação de professores.…”