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RESUMO Introdução: A integralidade da atenção à saúde da criança constitui diretriz para o ensino de pediatria, sendo essenciais as atividades práticas em todos níveis de atenção do Sistema Único de Saúde. Objetivo: Este estudo teve como objetivo descrever carga horária, cenários de práticas e preceptoria utilizados no ensino da saúde da criança e do adolescente. Método: Trata-se de um estudo transversal, com aplicação de questionário constituído por 43 questões objetivas e duas questões abertas, encaminhado por meio de formulário eletrônico para 247 escolas médicas do país que contavam com pelo menos uma turma formada em 2019. Resultado: Responderam ao questionário 37 (14,97%) escolas médicas, sendo 16 públicas e 21 privadas de 14 estados da Federação e das cinco regiões. Verificou-se mediana de 940,5 horas direcionadas à saúde da criança e do adolescente, equivalente a 11% da carga horária total dos cursos; 13 escolas apresentaram inserção de temas de saúde da criança desde o primeiro ano, e a maioria (75,8%), a partir do terceiro ano. Atividades práticas predominaram no internato: 87,5% (quinto ano) e 88,8% (sexto ano). Os cenários incluíram unidades básicas de saúde, comunidade, ambulatórios de pediatria geral e especializados, unidades de internação, serviços de neonatologia, urgência e emergência e laboratórios de habilidades e simulação. Foi referido que o ensino de puericultura é desenvolvido em ambulatórios de pediatria geral (32 escolas) e em unidades básicas de saúde dos municípios (32 escolas), estas consideradas essenciais para formação. Docentes pediatras desenvolvem preceptoria na maioria dos cenários de práticas; pediatras da instituição de ensino ou do sistema local de saúde estão mais presentes em unidades de internação (70,3% e 54,0%, respectivamente) e ambulatórios especializados (54,0% e 35,1%, respectivamente). Conclusão: Com participação de 37 escolas médicas, este estudo apresenta limitações para generalizações sobre o ensino no país. Neste estudo observou-se que o ensino sobre saúde da criança e do adolescente desenvolve-se em todos níveis de atenção à saúde, visando à integralidade, sendo destinados em média 11% da carga horária total do curso para esse ensino. Houve predominância de docentes e médicos pediatras na preceptoria, e a puericultura permaneceu como componente relevante na atenção básica, sendo apontados desafios para manutenção desse cenário de práticas.
RESUMO Introdução: A integralidade da atenção à saúde da criança constitui diretriz para o ensino de pediatria, sendo essenciais as atividades práticas em todos níveis de atenção do Sistema Único de Saúde. Objetivo: Este estudo teve como objetivo descrever carga horária, cenários de práticas e preceptoria utilizados no ensino da saúde da criança e do adolescente. Método: Trata-se de um estudo transversal, com aplicação de questionário constituído por 43 questões objetivas e duas questões abertas, encaminhado por meio de formulário eletrônico para 247 escolas médicas do país que contavam com pelo menos uma turma formada em 2019. Resultado: Responderam ao questionário 37 (14,97%) escolas médicas, sendo 16 públicas e 21 privadas de 14 estados da Federação e das cinco regiões. Verificou-se mediana de 940,5 horas direcionadas à saúde da criança e do adolescente, equivalente a 11% da carga horária total dos cursos; 13 escolas apresentaram inserção de temas de saúde da criança desde o primeiro ano, e a maioria (75,8%), a partir do terceiro ano. Atividades práticas predominaram no internato: 87,5% (quinto ano) e 88,8% (sexto ano). Os cenários incluíram unidades básicas de saúde, comunidade, ambulatórios de pediatria geral e especializados, unidades de internação, serviços de neonatologia, urgência e emergência e laboratórios de habilidades e simulação. Foi referido que o ensino de puericultura é desenvolvido em ambulatórios de pediatria geral (32 escolas) e em unidades básicas de saúde dos municípios (32 escolas), estas consideradas essenciais para formação. Docentes pediatras desenvolvem preceptoria na maioria dos cenários de práticas; pediatras da instituição de ensino ou do sistema local de saúde estão mais presentes em unidades de internação (70,3% e 54,0%, respectivamente) e ambulatórios especializados (54,0% e 35,1%, respectivamente). Conclusão: Com participação de 37 escolas médicas, este estudo apresenta limitações para generalizações sobre o ensino no país. Neste estudo observou-se que o ensino sobre saúde da criança e do adolescente desenvolve-se em todos níveis de atenção à saúde, visando à integralidade, sendo destinados em média 11% da carga horária total do curso para esse ensino. Houve predominância de docentes e médicos pediatras na preceptoria, e a puericultura permaneceu como componente relevante na atenção básica, sendo apontados desafios para manutenção desse cenário de práticas.
Introduction: Comprehensive child health care is a guideline in pediatric teaching, and it is essential to develop practical activities considering all levels of health care in the Unified Health System. Objectives: To describe the hours involved, practice scenarios and preceptorship in pediatric and childcare teaching in medical schools. Method: A cross-sectional study using a questionnaire with 43 objectives and two open questions, sent by electronic forms to medical schools across the country that had already graduated at least one class in 2019. Results: 37 (14.97%) medical schools with at least one graduated class answered the questionnaire (16 public and 21 private schools) from 14 states in the five regions of the country. A median of 940.5 hours was found for the teaching of pediatrics, equivalent to 11% of the total medical course; 13 schools included child health topics since the first year and the majority (75.8%) from the third year onwards. Practical activities predominated in the internship: 87.5% (5th year) and 88.8% (6th year). The used settings include primary health care, general and specialty pediatric outpatient clinics, inpatient units, neonatology units, emergency services and simulation laboratories. It was reported that childcare teaching is carried out in general pediatric outpatient clinics (32 schools) and basic community health units (32 schools), with an emphasis on primary care as the essential setting for teaching childcare. Pediatric teachers provide preceptorship in all practice settings; non-teaching pediatricians from the medical institution or the local health system are more present in inpatient units (70.3% and 54.0%, respectively) and specialty outpatient clinics (54.0% and 35.1%, respectively). Conclusions: With the participation of 37 medical schools, this study has limitations for the generalizations about teaching in the country. Pediatric teaching is carried out in practice environments at all levels of care, demonstrating the importance of comprehensive child and adolescent health care, with an average of 11% of the course total workload allocated to this teaching. The predominant participation of pediatricians as teachers was observed. The learning of childcare has remained a relevant component of pediatric training and its development is significant in primary care, although there are challenges to preserving this practice setting.
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