O IRPF como parte da grade curricular dos cursos de graduação em Ciências Contábeis das instituições de ensino superior do estado de São Paulo

Abstract

A pessoa física, como parte importante do processo de arrecadação de impostos do Estado, poderia melhor planejar e organizar seu patrimônio a fim de tornar menos onerosa a carga tributária, dentro da legalidade. A sociedade presume que os profissionais com conhecimento para tanto sejam os graduados em Ciências Contábeis, entretanto não se sabe até que ponto as IES capacitaram este profissional. Com base nisso, o problema de pesquisa respondido ao longo do trabalho foi: Como as Instituições de Ensino Superior abordam o tema IRPF/DIRPF durante o curso de graduação em ciências contábeis? A pesquisa teve caráter qualitativo, cuja coleta de dados se deu através de entrevistas com as quatro instituições de ensino privadas que possuem os melhores cursos de ciências contábeis do Estado de São Paulo – quesito qualidade de ensino – segundo o ranking universitário da Folha de 2017. O trabalho permitiu concluir que posicionamento adotado pelas IES avaliadas cria atualmente um vácuo no mercado local no que tange o tema e que pode ser absorvido por profissionais de outras áreas. Mudanças nas abordagens das IES poderiam apresentar aos alunos uma nova opção de atuação no mercado.

Para além do aprender: competências e habilidades na contabilidade introdutória à luz da teoria da aprendizagem significativa

“…Outrossim, é destacada a importância da formação pedagógica docente, que contempla o planejamento e abrange a relação professor-aluno, a seleção dos conteúdos, recursos de ensino e a (re)construção do conhecimento, de modo a alcançar os objetivos educacionais, tais como: o desenvolvimento das soft e hard skills alinhadas ao componente curricular ministrado (Franco Junior, 2010;Miranda et al, 2014;Nagib, 2018;Nossa, 1999).…”

“…Contudo, apesar da evolução nos métodos de ensino utilizados em sala de aula, a predominância da utilização da aula expositiva nos componentes curriculares iniciais do curso de graduação em Ciências Contábeis (Andrade, 2002;Marion, 2001) pode tornar os estudantes propensos a dificuldades na aprendizagem dos componentes curriculares específicos de contabilidade, por falta de domínio na Contabilidade Introdutória, como também, devido às estratégias instrucionais utilizadas pelos docentes não possibilitarem aos discentes uma visão objetiva e abrangente do ciclo contábil (Franco Junior, 2010;Marion, 2001;Oliveira et al, 2016). Andrade (2002) e Rodrigues & Araújo (2007) corroboram que, devido à expansão da tecnologia e evolução do âmbito social, o ensino contábil brasileiro precisou atravessar por mudanças, no entanto, ainda, vivencia um período de transformação e necessidade de atualização profissional do docente e das metodologias de ensino utilizadas.…”

“…Com o crescente número de estudos referentes às metodologias ativas de aprendizagem (Bacich & Moran, 2018;Camargo & Daros, 2018;Wommer et al, 2020) e seu impacto no processo de ensino-aprendizagem, Leal et al (2017) e Nogueira et al (2020) apresentam uma proposta de categorização das metodologias ativas para a área de negócios, conforme as semelhanças nos métodos de ensino, classificando-as em: (i) estratégias de ensino baseadas em exposição; (ii) problematização, (iii) uso da arte; (iv) dinâmicas e (v) conexão com a prática. Nesse contexto de novas metodologias, o principal papel do professor situa-se em auxiliar o aluno a aprender, apontando para a formaçãoconhecimentos, competências e habilidadesalinhadas com as necessidades do mercado (Camargo & Daros, 2018;Franco Junior, 2010;Rodrigues & Araújo, 2007).…”

“…Há de se destacar, também, que, quando analisado o interesse dos docentes na aplicação de metodologias ativas em turmas posteriores, percebeu-se a possibilidade de aderência dos métodos de jogos de empresa e excursões/visitas técnicas, na qual foram definidas pelos respondentes como atividades atípicas capazes de despertar o interesse e a motivação dos estudantes, além de permitir o desenvolvimento da aprendizagem cognitiva, habilidades profissionais, atitudes e compreensão dos conhecimentos teóricos (Franco Junior, 2010). Souza (2014), através de um quase-experimento com seis turmas do componente curricular de Contabilidade Introdutória, estudou como a utilização de tecnologia da educação, baseada em Inteligência Artificial, auxilia os estudantes no desenvolvimento de competências técnicas como, por exemplo, o entendimento da nomenclatura contábil, o registro das transações econômicas básicas e o encerramento das demonstrações contábeis.…”

“…Nesse contexto, a relevância do tema proposto é consistente em três diferentes aspectos: o primeiro, a relevância prática, desde que se pretende conhecer o processo de desenvolvimento de competências técnicas e habilidades profissionais, considerando as normas internacionais aplicadas à um dos componentes curriculares ministrados nos semestres iniciais da graduação em Ciências Contábeis, a Contabilidade Introdutória, devido à importância dos conteúdos ministrados na formação base do estudante (Andrade, 2002;Carneiro et al, 2017;Franco Junior, 2010;Hofer et al, 2005;Oliveira et al, 2016).…”