O papel da sociolinguística no (re)conhecimento do português brasileiro e suas implicações para o ensino

Abstract

este artigo apresenta algumas evidências de que as diferenças<br />entre fala e escrita no Brasil não se devem à natural distância que em geral<br />distingue as duas modalidades no que se refere ao maior ou menor grau de<br />planejamento. Essas diferenças caracterizam duas gramáticas: a da fala, fruto<br />do processo de aquisição da linguagem, com formas conservadoras e<br />inovadoras, consequência de mudanças naturais na história das línguas,<br />enquanto a da escrita é uma mistura de traços da gramática lusitana de fins<br />do século XIX, que serviu à codificação da norma escrita no Brasil, somada a<br />traços do português brasileiro que se implementam aos poucos na escrita,<br />substituindo ou competindo com formas conservadoras, e, finalmente,<br />algumas estruturas estranhas a ambas, certamente um subproduto da<br />contradição entre a gramática da fala e um modelo anacrônico de escrita.

A representação do acusativo anafórico de terceira pessoa em contexto escolar: diagnose e proposta

“…Isso corrobora resultados de pesquisas anteriores, que encontraram mais ocorrências também dessas formas, conhecidas como estratégia de esquiva (cf. DUARTE, 2013).…”