Durante a Pandemia da Doença do Novo Coronavírus os profissionais de saúde foram um dos grupos profissionais mais afetados por essa realidade. E os trabalhadores que atuam no setor da pediatria com quadros clínicos graves, sujeitas a complicações e morte, encontram-se susceptíveis ao estresse ocupacional. O objetivo geral dessa pesquisa foi compreender as repercussões da pandemia da COVID-19 no trabalho dos profissionais da saúde da ala COVID-BABY em um hospital do munícipio de Parnaíba, Piauí. A pesquisa buscou utilizar a abordagem de cunho quantitativo, observacional transversal e descritivo. A população foi constituída pelos profissionais da saúde que trabalham no setor da COVID-Baby do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde. O instrumento para a produção de dados foi um Questionário Sociodemográfico, a Escala World Health Organization Quality of Life, a Escala de Medo do COVID-19. Foram coletados 21 questionários, compreendendo enfermeiros, fisioterapeutas, médicos e técnicos de enfermagem que trabalharam durante março de 2020 a julho de 2021. Destes participantes 71,4% são do sexo feminino (N = 15, P = 0,4629), 38% possuem 26 a 30 anos e de 31 a 35 anos (N = 38, P = 0,4976), 66,7% dos participantes são solteiros (N = 14, P = 0,4976), 76% dos participantes não possuem filhos (N = 16, P = 0,4364). Com relação ao tempo de vínculo, 38,1% dos participantes atuaram entre 12 a 18 meses (N = 8, P = 0,4976), 90,5% dos profissionais possuem apenas um vínculo empregatício e 47,7% possuem 1 a 2 anos de formação. E 66,7% trabalham de 48 a 96 horas/semana (N = 14, P = 0,4830). 33,3%, 52,4% e 28,6% dos participantes, respectivamente, tiveram medo da COVID-19, sentiram-se desconfortável ao pensar da doença e na morte. Quanto ao nível de satisfação aos níveis dos quatro domínios avaliados, foi possível observar que as variáveis trabalho (s = 0,007), rede de apoio (s = 0,025), moradia (s = 0,037) e transporte (s = 0,025) foram estatisticamente significantes. As variáveis referentes ao ambiente configuram a maior frequência relativa a nível de satisfação (61,9%), todavia, o domínio físico e social representa a frequência relativa com maior nível de insatisfação dos participantes, respectivamente, 38% e 30%. No entanto não possui diferença significativa.