Este estudo buscou analisar os fatores que levaram a empresa Guerra S.A. ao declínio e posterior encerramento das atividades. A informação fidedigna proporcionada pela contabilidade permite decisões assertivas ao longo da vida das organizações, tornando-as competitivas e propiciando desenvolvimento no decorrer das gerações familiares donas do negócio. Assim, desenvolveu-se esta pesquisa sob a perspectiva dos ciclos evolutivos e da riqueza socioemocional, abordando-se, em especial, o declínio organizacional—uma fase do modelo do ciclo de vida proposto por Miller e Friesen (1984). A investigação foi realizada por meio de análise de conteúdo de reportagens extraídas de jornais e outras mídias virtuais. Optou-se por uma abordagem qualitativa, ao utilizar dados obtidos de fonte escrita. As comprovações obtidas sugerem que o declínio, última fase do ciclo de vida organizacional e, consequentemente, a falência e o encerramento das atividades da Guerra S.A. deveram-se muito pelo fato de os tomadores de decisão não atuarem de forma eficaz e enérgica na resolução dos problemas enfrentados pela empresa e por disputas de interesse entre a controladora e o membro familiar que respondia por cotas minoritárias das ações. Em síntese, esta pesquisa contribui para que empresas familiares e seus representantes compreendam a relevância que aspectos emocionais podem trazer à empresa familiar por meio da abordagem da riqueza socioemocional.